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Autarca de Fátima critica falta de apoio da Câmara de Ourém para centenário das Aparições

Humberto Silva, presidente da Junta de Fátima, afirma que orçamento do município é desleal para com a maior freguesia do concelho.

O presidente da Junta de Freguesia de Fátima, Humberto Silva (PSD), votou contra o orçamento da Câmara de Ourém, na última sessão da assembleia municipal, por considerar que o orçamento é “desleal” para com Fátima e “desequilibrado” em relação ao restante concelho. As principais críticas de Humberto Silva vão para aquilo que considera ser a falta de apoio às comemorações do centenário das aparições de Nossa Senhora aos pastorinhos, que se celebra em 2017. “A câmara municipal rompe com os compromissos de tornar digna e importante a maior celebração do tempo das nossas vidas no concelho de Ourém. Não vamos ter outro centenário, isto não se inventa, a realidade é mesmo esta”, acusou.O presidente da Junta de Fátima continuou com as críticas ao dizer que, em 2016, a sua freguesia vai dispor apenas de dez mil euros para o planeamento e preparação de todos os eventos destinados à organização da sua autarquia. “Diga-me com franqueza, senhor presidente, acha mesmo que é com dez mil euros que a junta de freguesia vai preparar os seus eventos planeados para 2017?”, questionou. Humberto Silva disse não entender que os principais valores financeiros para apoio ao centenário das aparições de Fátima estão espalhados por 2017, 2018 e 2019. “Acha mesmo que vai fazer o quê em concreto depois do evento acontecer? Não nos conformamos, nem poderemos votar nunca um orçamento com esta falta de seriedade e falta de estratégia e posicionamento face a um evento desta natureza, que é estruturante para Fátima e para todo o concelho”, sublinhou, justificando o seu chumbo ao orçamento.Humberto Silva também criticou o facto de não estarem previstas no orçamento para 2016 a requalificação das estradas nas várias entradas da cidade que, na opinião do autarca, já deviam estar a ser feitas. “Durante a campanha eleitoral fomos todos muito pródigos a identificar estas obras como uma necessidade premente para Fátima. Não podemos empurrar esta obra para depois de 2017 ou transformar Fátima num estaleiro de obras na altura do centenário das aparições. Fica-nos mal e é uma vergonha para quem nos visita e para a vida diária da população e das empresas”, reforça.O presidente da Câmara de Ourém, Paulo Fonseca (PS), optou por não responder a Humberto Silva, referindo apenas que este é um orçamento atípico e que terá que ser revisto nos primeiros meses de 2016, uma vez que ainda não existe Orçamento de Estado aprovado e não se sabe quais são as verbas com que o município será contemplado no próximo ano. Também ainda não se sabe qual o “pacote” dos fundos comunitários do Portugal 2020 que virá para os municípios. Paulo Fonseca destaca o caminho de “recuperação” das contas municipais em Ourém, afirmando que estão no bom caminho.O documento do orçamento para 2016 foi aprovado com um voto contra, do presidente da Junta de Fátima, 15 abstenções (10 do PSD, 3 do CDS e 1 do Movimento Por Ourém) e 18 votos a favor (16 do PS e 2 do movimento independente MOVE).

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