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Bolos é com ele

Bolos é com ele

Rui Serra é pasteleiro e sócio gerente das Pastelarias Santa Clara, em Santarém

Aos 16 anos trocou os estudos pelo trabalho. Passou pela construção civil e pela agricultura até chegar à arte da pastelaria. Em 2010 estabeleceu-se por conta própria e a partir daí nunca mais parou neste negócio que diz correr muito bem.

Os pais de Rui Serra, 43 anos, gerente das Pastelarias Santa Clara, até queriam que ele estudasse quando era novo. O rapaz é que “não tinha muita cabeça para os estudos” e, aos 16 anos, preferiu ir trabalhar. Começou na construção civil, passou pelo trabalho no campo e só mais tarde é que começou a dar os primeiros passos como aprendiz na arte de pasteleiro numa pastelaria no Cartaxo, onde esteve durante 10 anos. Pelo meio ainda cumpriu o serviço militar obrigatório. Em 2010 surge a oportunidade de adquirir a Pastelaria Santa Clara 1, em Santarém, e lançou-se no seu primeiro negócio que correu muito bem. Tão bem que em 2012 abriu a Santa Clara 2 e em 2015 a Santa Clara 3, todas em Santarém. Rui Serra diz que nunca procurou os negócios, eles é que vieram sempre ter com ele. Tem dez funcionários mas o “homem dos bolos” é Rui Serra. Trabalha das 2h00 às 9h00 e fabrica, por noite, cerca de 2000 bolos para abastecer as suas pastelarias e também para fornecer a clientes da região. Só tem folga de sábado para domingo, mas a fábrica continua a laborar e nessa noite é um funcionário que assegura a produção.“O bolo que tem mais saída” nas suas pastelarias e para revenda “é o pampilho”, mas o que gosta mais de fazer e até de comer é o pastel de nata. “Todos os bolos dão trabalho a fazer e existem várias formas de os fazer, é uma arte”, explica Rui Serra, que já teve encomendas de bolos com formas um pouco estranhas, como pénis ou vaginas, conta O MIRANTE com uma gargalhada. A mulher, Carla Serra, 42 anos, também ajuda no negócio. “É a mulher das contas e faz um pouco de tudo, menos bolos”, explica Rui, que não gostava que o filho de ambos, de 13 anos, seguisse as pisadas do pai. “Gostava que estudasse e que escolhesse o seu próprio caminho, desde que isso o faça feliz. Nas férias vem ajudar na pastelaria e na fábrica porque é obrigado, mas não o estou a ver a fazer bolos”, conta. A preocupação com a alimentação saudável é cada vez maior nos tempos que correm, mas não se pense que as pessoas deixaram de se encantar pelas guloseimas. “Os clientes escolhem bolos com menos creme mas não deixam de comer. As senhoras, quando começa a Primavera, é que se começam a preocupar com a dieta, mas só se lembram na Primavera”. Rui Serra nota também que há menos poder de compra. No pouco tempo livre que tem, Rui Serra aproveita para descansar e passear com a família. “Não vamos dar grandes passeios nem fazer grandes viagens é mesmo só para desanuviar”, conclui o mestre pasteleiro.
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