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Politicólogo Serafim das Neves

A deputada socialista Idália Serrão, que também é vereadora na Câmara de Santarém e o ex-deputado Jorge Lacão, que chegou a ser presidente da Assembleia Municipal de Abrantes, foram alguns dos que pediram ajuda ao Tribunal Constitucional para restaurar as subvenções vitalícias, aquele subsidiozinho que nós pagamos religiosamente até à hora da morte, a todos os que se sacrificaram por nós, aceitando ser deputados durante pelo menos doze anos. Foi um gesto bonito o deles e os dos outros vinte e oito requerentes. Depois de restaurados os feriados que o governo do Passos Coelho tinha cancelado, porque não restaurar as subvençõezinhas? Eu sou a favor de subvenções para quem aceita andar a dar o cabedal no mundo da política. Um político é mais insultado que um árbitro de futebol. Merece tudo o que a gente lhe consiga dar. Só lamento que a subvenção em vez de vitalícia não seja perpétua e que não seja dada também a certos mártires da política local. Só na Câmara de Tomar havia candidatos a dar com pau. O Luís Ferreira, pelo estoicismo com que tem enfrentado sem vacilar o bullying nomeatório e desnomeatório da “patroa” Anabela Freitas. O Serrano que era vice e que agora não é vice e que perdeu pelouros e ganhou pelouros como se tivesse ficado careca e o tivessem enfiado num frasco de restaurador Olex sem lhe pedirem autorização. O Bruno Graça que deve sofrer imenso para manter aquela permanente contradição entre o nome e o semblante.Quem regressou aos prazeres de um cargo a sério depois de anos e anos a vogar pela Câmara de Ourém pelas empresas municipais de Ourém e pelo gabinete da presidente de Abrantes, foi o nosso amigo Alho. Fiquei feliz por saber que agora está na nossa Fundação Inatel. E digo nossa porque somos nós que a sustentamos. Nunca mais me esqueço do pequeno Alho ainda prófe de ciências na escola lá da terra, a levar as crianças ao Agroal para lhes mostrar fósseis de excrementos humanos com mais de dois mil anos, ao mesmo tempo que militava na Quercus, discursando contra a direita social-democrata. O que ele andou para aqui chegar e os belos lugares por onde já passou. Ele e o presidente do INATEL, o senhor Madelino, não confundir com Medellin, que saiu de Salvaterra de Magos para andar anos a fio no IEFP a ajudar o Engº Sócrates a acabar com o desemprego em Portugal. É certo que o INATEL é um campeonato modesto mas vais ver que eles vão subir. E vai ser quando menos se espera.O efeito Tino de Rãs também se fez sentir em vários concelhos do Ribatejo. O candidato calceteiro ficou à frente do ex-padre Edgar, do PCP, em Alcanena, Mação, Rio Maior, Sardoal, Tomar. Em Ourém ficou à frente do Edgar e da própria Maria de Belém. É certo que foi roubar votos aos brancos e nulos, o que até se compreende porque é mais divertido votar Tino do que votar em branco ou riscalhar o papel à toa, mas também é certo que o eleitor da região quis deixar uma mensagem clara aos comunistas, votando em massa num verdadeiro elemento da classe operária.Na noite das eleições andei como um louco a surfar pelos canais generalistas à procura de ver caras conhecidas da região. Infelizmente não vi ninguém, embora admita que me possa ter enganado. A Idália Serrão e o Jorge Lacão não podiam aparecer porque eles só aparecem ao lado de vencedores e do PS não ganhou ninguém. Quanto ao deputado Carlos Matias do BE muito estranhei ele não ter aparecido ao lado da Marisa Matias que presumo ser da sua família... eu bem sei que a festa dela era no Porto e o tempo tem andado lixado mas caramba, ele agora já nem paga bilhete. Estará à espera da isenção de pagamento em hotéis de cinco estrelas para deputados, o maganão?!Saudações revolucionárias Manuel Serra d’Aire

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