Segundo a sua percepção em que lugar é que Abrantes ficaria num ranking das melhores cidades portuguesas para viver?Para mim ficava em primeiro lugar, porque foi a cidade que eu escolhi (risos). Gosto de cidades grandes, de metrópoles, mas também aprendi a gostar de cidades mais pequenas, onde as pessoas têm facilidade de se deslocar e todo o mundo se conhece. Há 23 anos que estou em Abrantes e não a trocava por outra cidade. É uma cidade calma, com qualidade de vida, boa para criar os filhos e perto de Lisboa. Nós que vivemos fora de Lisboa acabamos por aproveitar mais o que Lisboa tem para dar. Terça-Feira de Carnaval é feriado?Para mim durante muitos anos foi, quando vivia no Brasil. Cheguei a Portugal… e já nem sei o que é Carnaval! (risos) Aproveitamos as férias de Carnaval dos meninos mas não é uma coisa que agora me atraia muito. Talvez pelo clima, pelo frio… Parece que não combina. Carnaval é no Brasil. Desfilar e sambar com frio e chuva não. E, para mim, Carnaval é samba!A vida são dois dias e o Carnaval são três?Sim, sim, claro! Inclusive aqui em Portugal. Temos que estar bem e de bem com a vida! O facto de estarmos vivos, termos saúde, podermos aprender e conhecer, é algo que temos que festejar todos os dias.Qual a sua profissão de sonho?A minha profissão de sonho é a que tenho, sou médica dentista. Mas uma coisa pela qual tenho uma paixão imensa é o “coach”. Formações de relacionamento interpessoal, psicologia positiva, aprender sobre o ser humano é uma coisa que me fascina hoje em dia. De que objectos não se consegue separar?Do telemóvel e da mala, de um modo geral! A mala até pode estar pesada, mas não me consigo separar dela. Nem do telemóvel. Fiquei dependente do telemóvel.A viagem de sonho da sua vida já foi feita, ou ainda está por fazer?Ainda está por fazer. Quero conhecer a Austrália, Sidney, e visitar uma amiga na Nova Zelândia. Mas já fiz uma viagem de sonho ao Japão. Tóquio e Hiroshima são cidades completamente diferentes. Kyoto é uma cidade maravilhosa! É muito diferente. É um choque de culturas. Tenho ascendência japonesa, o meu pai é descendente de japoneses.O que a tira do sério?Gente falsa. Tento não entrar muito no jogo dessas pessoas. Antigamente, sentia até vontade de lhes bater. Mas claro que nunca o fiz. Com a idade amadureci. Sei que essas pessoas não mudam pelo que “não vale a pena bater no ceguinho”.Acredita em milagres?Acredito. Acredito em milagres divinos. Há “alguém” acima de nós.Quais foram os seus desejos para 2016?Um dos meus desejos é praticar regularmente exercício físico. Três vezes por semana. Comecei o ano bem mas… esta semana ainda não pratiquei exercício nenhum dia! Mas ainda faltam três dias para a semana acabar! (risos) Uma das minhas metas para este ano é abrandar o ritmo. Ter tempo para mim e para a actividade física.O sorriso dos portugueses está bonito?Comparando com há vinte anos atrás, acho que sim. Os portugueses dão muito mais valor, hoje em dia, a um sorriso bonito. Dão em tratar e não só arrancar. Quando cheguei a Abrantes era do género: “o dente dói, é para tirar”. Hoje não, o paciente procura um tratamento diferenciado, procura estética, estão preocupados em clarear os dentes. Se fosse eleita Presidente da República qual seria a sua prioridade?A minha prioridade seria a educação e a justiça. Porque penso que sem educação um país não vai para lado nenhum e quem mata e quem rouba deve ser punido. O crime compensa e não deveria ser assim. A educação e a justiça são as bases de um país. E a saúde, claro!Abrantes consegue captar jovens?Não consegue. Acho que Abrantes precisa de estimular o turismo, pois temos uma região tão rica, com vinho e com o Tejo... Poderíamos apostar no Eco Turismo e desportos de rio, seria uma mais-valia e traria mais jovens, com certeza, para a região. Mas aqui, isso não há…