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“Comerciantes do Mercado de Tomar deviam ter colocado município em tribunal”

“Comerciantes do Mercado de Tomar deviam ter colocado município em tribunal”

Vereador Pedro Marques considera que comerciantes foram gravemente lesados com encerramento do edifício e deviam ser ressarcidos, como aliás chegou a ser deliberado pelo executivo camarário.

O vereador do movimento Independentes por Tomar (IpT), Pedro Marques, lamenta que nenhum dos comerciantes lesados com o encerramento do Mercado Municipal de Tomar em Julho de 2010 pela ASAE não tenha colocado o município em tribunal. “Os comerciantes que ali exerciam a sua actividade foram gravemente prejudicados quando a ASAE encerrou o mercado, não só pela perda imediata das mercadorias, como pelo não exercício da sua actividade até à abertura da tenda cinco meses depois”, criticou em reunião de câmara.“O executivo camarário deliberou, por unanimidade, na reunião de 30 de Janeiro de 2011 que, tendo em conta os levantamentos aos danos sofridos por cada comerciante com o encerramento do mercado, fosse atribuída uma justa e adequada compensação de tais danos. No entanto, até agora, quase seis anos depois, nunca aconteceu. As deliberações camarárias devem ser cumpridas e, neste caso, além de ser de inteira justiça analisar o levantamento dos prejuízos efectuados na altura, também é justo compensar todos os comerciantes que, por força do encerramento do mercado, viram a sua actividade diminuída ou, sem futuro, e tiveram de encerrar”, afirmou.As críticas de Pedro Marques surgiram aquando da discussão da proposta sobre as taxas de ocupação do mercado municipal que só vão começar a ser cobradas pela autarquia a partir de 1 de Abril, dois meses após a reabertura do edifício. Para o vereador, a proposta apresentada é “minimalista” e não reflecte com objectividade o “necessário período de transição para que este espaço retome a procura de outrora com as indispensáveis medidas de promoção que o município, em colaboração com os comerciantes do mercado, terá que levar a efeito”, considera na sua declaração de voto.Pedro Marques defende que o prazo de isenção de taxas de ocupação do mercado fosse de pelo menos seis meses, tendo em conta uma necessária “aproximação entre comerciantes e clientes, que permita a transformação do mercado num espaço em que a actividade económica cresça e o desenvolvimento económico de que necessitamos como de pão para a boca venha a ser uma realidade”.O vereador Bruno Graça (CDU), que detém o pelouro das Feiras e Mercados, esclarece que os prejuízos dos comerciantes e a taxa de ocupação do mercado são assuntos distintos. Concorda que se deve chegar a um consenso em relação aos prejuízos dos comerciantes. Em relação às taxas de ocupação, Bruno Graça explica que vão ser cobradas a partir de Abril para dar “algum fôlego aos comerciantes no período inicial de adaptação ao novo espaço”. A proposta foi aprovada por maioria com três abstenções, duas do PSD e uma do IpT.Mercado com novo horário de funcionamentoA partir do dia 1 de Março, feriado municipal, o Mercado Municipal de Tomar vai passar a abrir também ao final da tarde, entre as 17h00 e as 20h00. O novo horário vai funcionar a título experimental, sendo que a proposta foi aprovada por unanimidade em reunião de câmara. Com este novo horário, o mercado passa a funcionar de segunda a sexta-feira das 7h00 às 14h00 e das 17h00 às 20h00. Aos sábados, está aberto das 7h00 às 14h00, estando aberto mais uma hora uma vez que antigamente encerrava às 13h00. O Mercado Municipal de Tomar reabriu no dia 28 de Janeiro depois de ter sido encerrado pela ASAE em 2010. Cinco anos depois e após obras de requalificação abriu ao público.
“Comerciantes do Mercado de Tomar deviam ter colocado município em tribunal”

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