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Rosinda Serrão

Rosinda Serrão

Advogada, 55 anos, Salvaterra de Magos
Que música ou grupo musical marcou a sua juventude? A música que mais me marcou na minha juventude foi “Jailhouse Rock” do Elvis Presley. Era fã.Gostava de ter um cargo autárquico? Nesta altura, não. Já tive essa experiência. Fui tesoureira numa junta de freguesia, vogal na assembleia de freguesia e vogal na assembleia municipal. É importante esforçarmo-nos e darmos o nosso melhor. Defendia uma pessoa que tivesse cometido um crime violento? Depende da violência confrontada com a minha consciência. O trabalho do advogado é a representação assegurada dos meios necessários de defesa. Temos uma obrigação social e não pessoal. Já teve as férias dos seus sonhos? Não, ainda não tive as férias dos meus sonhos. Gostava de ir à Índia, mas ainda não se proporcionou por falta de oportunidade financeira. Faz voluntariado em alguma associação? Às vezes penso que é importante dedicar o nosso tempo e atenção aos outros, no entanto não consigo dispor de tempo suficiente. Como viu as eleições presidenciais?As eleições presidenciais foram um jogo do faz de conta e uma votação de lotaria. Se tivesse uma caderneta de cromos que personalidade queria colar? O Eusébio, pois é uma pessoa que se dedicou ao que gostava de forma simples. Representou não só o clube mas também o país.De quem é a culpa dos atrasos na justiça? A culpa nos atrasos da justiça é de todos os intervenientes mas a principal razão está na falta de recursos humanos. Basta estagnar num elemento para que os sucessíveis não possam avançar. Conte um dos episódios caricatos que já passou num tribunal… O julgamento criminal de um homem que à data já tinha falecido. Só na segunda sessão o tribunal teve conhecimento porque a meritíssima juíza afirmou em saber do arguido. Algum dia vamos ter o mesmo nível de vida que os países mais desenvolvidos da Europa? Penso que não, porque partimos em último. Só poderemos atingir o mesmo nível de vida dos países mais desenvolvidos se alguns desses países nos derem a mão. Alguma vez lhe apeteceu fugir?Sim, já várias vezes tive vontade de fugir. Olho em redor e vejo tudo muito incompreensível e injusto.As tarefas domésticas lá em casa ficam por sua conta? Sim, as tarefas ficam por minha conta. Para mim acabam por ser uma forma de abstracção da rotina diária. Consegue ter tempo para si? Tenho muito pouco tempo para mim. Também não me predisponho a ter tempo, primeiro estão os outros e depois estou eu. Se pudesse convidar uma pessoa que admira para tomar um café quem convidaria? Convidaria o jornalista Joaquim Letria porque é uma pessoa divertida e séria. É organizada no seu trabalho? Não me esmero mas sou organizada. Só assim posso controlar o tempo. Qual é o seu livro de cabeceira? O meu livro de mesa de cabeceira é “Os telhados do bem e do mal” de Bárbara Vine. Na primeira vez que entrou numa sala de audiências como advogada ficou nervosa? Claro que sim, como é evidente. O ambiente era novo. Sabia que tinha uma grande responsabilidade. Tinha dúvidas se conseguia dar o meu melhor, mas correu bem. Cada vez há mais advogados. Há mercado para todos? O próprio mercado fará a selecção dos melhores. A quem dava uma medalha? Ao Papa João Paulo II, pois foi um homem que procurou a união e a paz no Mundo. Qual era a primeira opção que tomava se lhe saísse o euromilhões? Se me saísse o euromilhões a primeira opção era isolar-me num retiro para descansar e qualificar o modo de utilizar o dinheiro. O que é que faz mais falta em Salvaterra de Magos?Em Salvaterra de Magos o que me faz mais falta é um cinema. Não só porque gosto de cinema mas porque me lembro que uma sessão de cinema dava para discutir o tema por horas. Era uma forma de as pessoas se reunirem, discutirem o tema, exercitarem a mente e o discurso.
Rosinda Serrão

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