Não percebo uma coisa. Se persistem constrangimentos a nível de recursos humanos; se os concursos para médicos especialistas ficam às moscas; se os enfermeiros vão saindo para emigração ou para outros lados e se os mais novos não se aguentam muito tempo, nomeadamente em serviços tão pesados como Medicina Interna, como é que estes serviços vão funcionar decentemente? É por deixarem de estar concentrados? É por milagre? Penso que em vez de criar serviços a esmo, por questões meramente políticas, se deveria monitorizar a qualidade do serviço prestado. Já li que a carga de trabalho é exagerada e que a maior parte do tempo, nomeadamente tardes e noites, há apenas duas enfermeiras de serviço e uma auxiliar para mais de duas dezenas de doentes. Se isto é verdade a administração deveria explicar-se. Quanto à Comissão de Utentes do Partido Comunista deve andar satisfeita porque já sabe que depois de manifestações a favor da reabertura de serviços iguais em todos os hospitais do Médio Tejo pode começar já a preparar manifestações contra o mau funcionamento dos serviços.   João Paulo Felizardo