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Oito anos depois das cheias moradores de Alverca continuam à espera de apoios

Intempérie de 2008 causou milhares de euros de prejuízos

Vinte e seis moradores do concelho de Vila Franca de Xira, em particular da cidade de Alverca, apresentaram candidaturas aos fundos de apoio disponibilizados pelo Governo mas até hoje não receberam um cêntimo.

Vários moradores do concelho de Vila Franca de Xira estão há oito anos à espera dos apoios prometidos para fazerem face aos prejuízos que tiveram com o temporal de Fevereiro de 2008, que causou cheias um pouco por todas as freguesias mas sobretudo na cidade de Alverca.Aos fundos de apoio lançados pelo Governo à época candidataram-se 26 famílias, que estão há oito anos à espera que o dinheiro chegue. Na última semana o presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, Alberto Mesquita (PS), disse que “há esperança” que agora o processo comece finalmente a andar. “Soubemos da Direcção Geral das Autarquias Locais que tudo aponta para que seja desta que o processo se vá fechar, com a emissão do relatório final sobre o caso. Isso permitirá às pessoas ter acesso aos meios financeiros previstos nessas candidaturas”, informou.As cheias de 2008 afectaram centenas de pessoas mas a maioria optou, na altura, por não pedir apoios. Vila Franca de Xira, Alhandra e Alverca foram as zonas mais afectadas do concelho. A Avenida Infante Dom Pedro, conhecida como “Rua da Estação”, em Alverca, foi a mais castigada. Na altura O MIRANTE realizou uma reportagem com vários moradores daquela rua que, na manhã de 18 de Fevereiro, viram a água subir pelas sanitas e lava-loiças e inundar as suas casas. Houve gente a perder em poucas horas o recheio das casas. Os prejuízos, dizia-nos Manuel Duarte, morador, eram “incalculáveis”. Além das casas ficaram alagadas garagens, máquinas, viaturas, cafés e até a linha de comboio. Um relatório do Instituto Português do Mar e da Atmosfera sobre a intempérie de Fevereiro de 2008 mostrava que naquela manhã de Fevereiro foram verificados valores de precipitação severa que não eram registados há 225 anos. Em algumas casas de Alverca a água subiu 25 centímetros em poucos segundos, segundo o relato dos moradores na altura.O relatório do IPMA diz também que a previsão, à época, foi “deficiente” e que nenhum dos modelos determinísticos operacionais deu indicação dos valores elevados de precipitação que depois se verificaram. Tão pouco os alertas emitidos à população na altura - amarelo e vermelho - corresponderam na realidade à situação severa que estava prestes a acontecer.

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