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Associação de Setas do Ribatejo diz que federação é essencial para desenvolver modalidade

Associação de Setas do Ribatejo diz que federação é essencial para desenvolver modalidade

Colectividade inaugura sede no dia 24 de Abril, em Marinhais, após 18 anos de actividade

Entre os alvos a atingir nos próximos tempos está o aumento de clubes e de jogadores filiados e a criação de uma federação nacional que proporcione a participação de praticantes nacionais em competições no estrangeiro.

A batalhar pela criação de uma federação portuguesa de setas, a ASR – Associação de Setas do Ribatejo tem finalmente uma sede onde pode reunir os seus sócios e dar a conhecer ao público esse desporto amador que tem vindo a crescer no país. A associação está na idade adulta e quer desenvolver a vertente do sisal (setas com pontas de aço) embora também aposte também nas setas de máquina, tentando angariar mais sócios e praticantes. O presidente da associação, Paulo Mota, considera a inauguração da sede, na desactivada Escola Nova de Marinhais, no dia 24 de Abril, como uma marco na colectividade.Paulo Mota, 42 anos, presidente da ASR há três anos, refere que o facto de não existir uma federação tem impedido os jogadores de participarem em competições internacionais de sisal. “As máquinas são de empresas privadas que conseguem organizar as suas competições europeias e mundiais, mas no sisal é preciso essa federação”, afirma Paulo Mota, operador de supermercado, que vive em Marinhais (concelho de Salvaterra de Magos). O dirigente refere que as associações de Lisboa, Porto, Aveiro, Setúbal, Zona Oeste e do Ribatejo estão a trabalhar na criação da federação, que espera ser uma realidade dentro de dois a três anos.Esta é uma modalidade amadora que tem vindo a crescer com a disseminação de máquinas pelos cafés e colectividades e que cá “ainda não envolve milhões como em Inglaterra”, afirma o presidente da ASR. Paulo Mota revela que no país há muitos bons jogadores mas que não têm oportunidade de se mostrarem lá fora. Com muitos jogadores concentrados na vertente de setas de máquina, as associações juntam-se às marcas para a organização de torneios com o objectivo de dar a conhecer o sisal. O presidente adianta que se gasta cerca de dois mil euros em 50 a 60 alvos de sisal que se desgastam.Um veículo de promoção da amizade“O sisal tem o espírito associativo que em Portugal chega aos cinco mil praticantes”, afirma Paulo Mota. “As quotas servem para comprar material de jogo e para o dia-a-dia da associação, sendo que a grande fatia vai para as finais nacionais” onde todos os anos a ASR paga a estadia de três noites aos finalistas do Ribatejo. “Os jogadores só pagam para ser sócios e não pagam para jogar às setas” revela. A possibilidade de jogar online nas setas de máquina afasta o convívio. E a vantagem do sisal para Paulo Mota “é a confraternização que as viagens à ‘casa’ da equipa adversária obriga e onde a amizade é criada”, acrescentando que, tal como no futebol, há duas mãos que “obrigam” a deslocações nas noites de sexta-feira.Paulo Mota concentra-se também no crescimento da Associação no Ribatejo. “Já era bom crescermos em Almeirim e na Chamusca”, afirma o presidente da associação fundada a 30 de Agosto de 1998, que reúne equipas e sócios dos concelhos de Salvatera de Magos, Coruche, Benavente, Cartaxo, Chamusca e Alenquer.Para além dos apoios materiais da Câmara de Salvaterra de Magos, Paulo Mota diz que há conversações com o município de Coruche para ter uma sala na escola da freguesia da Fajarda. O Núcleo de Setas de Sorraia é um braço da ASR que junta muitos praticantes desse concelho e com essa sala “os associados podiam tratar das quotas e praticar sem se deslocarem a Marinhais”, acrescenta.Os objectivos passam pela manutenção das 20 equipas no campeonato de Inverno e por aumentar o número de sócios e equipas no distrito. Actualmente a associação realiza também o campeonato de Verão, a Taça do Ribatejo, torneios regionais, participando nas finais nacionais, na Taça de Portugal e noutros torneios nacionais. Com casa nova, a associação já pensa na sua ampliação para que as instalações possam acolher torneios de apuramentos para os nacionais.Paulo Mota disse ainda a O MIRANTE que o maior entrave no Ribatejo é a grande área que tem. “Em Lisboa, no Porto ou em Setúbal está-se perto de tudo e num quilómetro quadrado há muitos jogadores. Com mais equipas criávamos duas séries e isso implicaria menos deslocações, pois há quem não queira fazer 40 quilómetros numa noite para jogar setas”, conclui.
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