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“Conferências da Liberdade” confirmam divisões na concelhia do PSD de Santarém

“Conferências da Liberdade” confirmam divisões na concelhia do PSD de Santarém

Pedro Passos Coelho confia que dirigentes vão entender-se quando chegar a altura de escolher candidato às eleições autárquicas. Ricardo Gonçalves, presidente da autarquia, passou despercebido nestas conferências onde deveria ter ocupado papel de relevo.

A primeira edição da iniciativa “Conferências da Liberdade”, organizada pela concelhia do PSD de Santarém, liderada por José Gandarez, veio mostrar, mais uma vez, as divisões existentes no partido a nível concelhio. O presidente da Câmara de Santarém, Ricardo Gonçalves, chegou ao CNEMA, no dia 23 de Abril (sábado), ao final da manhã quando os trabalhos já tinham começado há algum tempo.
Durante o discurso de inauguração do evento, o secretário-geral do PSD, José Matos Rosa, fez referência, de forma cordial, à ausência do presidente do município, explicando que Ricardo Gonçalves justificou a sua ausência com os compromissos relacionados com a autarquia.
Durante o almoço, Ricardo Gonçalves só se sentou ao lado do presidente da distrital do partido, Nuno Serra, na mesa dos convidados e conferencistas depois da insistência de Cristina Campos, vogal da concelhia do partido e uma das principais figuras da organização. Após o discurso do antigo Presidente da República, Ramalho Eanes, o presidente do município escalabitano ausentou-se do local. Voltou mais tarde para ouvir o discurso do presidente do partido, Pedro Passos Coelho, que encerrou a conferência, mas optou por ficar em pé, no fundo da sala.
À chegada ao CNEMA, a equipa que acompanha Passos Coelho avisou todos os jornalistas presentes no local que este não responderia a nenhuma pergunta. No entanto, no final O MIRANTE acompanhou o presidente do PSD até ao carro e, informalmente, Passos Coelho respondeu sobre como vai ser resolvido o problema das divisões internas do partido no concelho de Santarém quando chegar a altura das eleições autárquicas. O ex-primeiro-ministro afirma que essa é uma decisão que cabe à comissão autárquica. “Tenho a certeza que o PSD de Santarém fará uma boa escolha quando chegar a devida altura”, garantiu a O MIRANTE, evitando a conversa sobre o assunto com um sorriso, reafirmando a coesão que tem a certeza que o partido vai ter na hora de todas as decisões.
Recorde-se que a eleição para a concelhia do PSD de Santarém, que decorreu no início de Março, veio demonstrar uma vez mais as fracturas internas no partido. A lista de José Gandarez derrotou a lista liderada por Carlos Marçal, presidente da União de Freguesias da Cidade de Santarém, por 246 votos contra 135. A lista de Carlos Marçal era apoiada por Ricardo Gonçalves, enquanto que a lista que elegeu Gandarez como presidente da concelhia foi apoiada por Nuno Serra.
O presidente da distrital de Santarém do PSD foi reeleito para o cargo também em Março, numa eleição que não teve oposição. O deputado social-democrata disse na altura que a falta de oposição resulta da estabilidade que conseguiu imprimir no distrito. Nuno Serra realçou na sua recandidatura a necessidade de prosseguir o “percurso de proximidade” entre as secções do partido e a comunidade, “criando as condições necessárias para um bom resultado nos desafios que se avizinham.

“Conferências da Liberdade” confirmam divisões na concelhia do PSD de Santarém

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