As grelhas em pedra, para escoamento de águas pluviais, existentes na Praça Sá da Bandeira, em Santarém, vão ser substituídas por outras mais resistentes, já que alguns troços têm-se partido ao longo do tempo e sido substituídos por outros em madeira. Uma solução que esteticamente não é muito aconselhável num local que é uma das salas de visita da cidade, junto à sé catedral cuja reabilitação recebeu recentemente um prémio europeu.
As novas grelhas vão ser igualmente em pedra, mas vão ser reforçadas com um elemento metálico por baixo para não cederem ao peso dos automóveis que por ali passam. O local, também conhecido por Largo do Seminário, é fechado ao trânsito automóvel com algumas excepções, nomeadamente para cargas e descargas, veículos de socorro, das autoridades policiais ou de limpeza urbana. O concurso para substituição das grelhas tem um valor base de 59 mil euros mais IVA, segundo informou o presidente da Câmara de Santarém, Ricardo Gonçalves (PSD), em reunião do executivo.
O autarca revelou ainda que vai ser removida parte da calçada portuguesa de algumas ruas do centro histórico, prevendo que o procedimento para adjudicação dos trabalhos inicie ainda este ano. Numa primeira fase será substituída a calçada por um piso mais liso no eixo central da Rua Capelo e Ivens entre o Largo do Seminário e o ponto designado como “canto da cruz”.
A questão do Largo do Seminário foi levantada pelo vereador Ricardo Segurado (PS), que criticou o estado em que o piso se encontra numa zona nobre da cidade, considerando “inconcebível numa cidade que quer apostar no turismo” a substituição das grelhas em pedra por remendos em madeira. “Julgo que é tempo de se fazer a devida avaliação da substituição de todas aquelas peças em madeira que não fazem qualquer sentido do ponto de vista estético e não só”, afirmou, acrescentando que essa situação ocorre porque há ali muitas viaturas a circular de forma indevida.