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Município solicitou vistoria urgente às indústrias de Alhandra

Em causa estão vários episódios de poluição e maus-cheiros. Autarca admite que “há um problema” naquela freguesia e que é preciso “ir mais longe” rapidamente com vista a resolvê-lo.

O presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, Alberto Mesquita (PS), solicitou ao inspector-geral do Ambiente, Ordenamento do Território, Energia, Agricultura e Mar, uma vistoria “com carácter de emergência” às indústrias da zona de Alhandra, na sequência de vários casos de poluição que têm sido detectados recentemente naquela vila.
O autarca admitiu na última reunião de câmara que “há um problema” naquela freguesia e que é preciso “ir mais longe” rapidamente com vista a resolvê-lo, confessando que apenas alertar para o problema já não é suficiente. “Queremos que a vistoria inclua todas as empresas e indústrias sediadas naquela vila. Estamos muito preocupados e a insistir para que estas entidades façam o que devem fazer”, afirma o autarca.
No dia 7 de Abril Alberto Mesquita enviou um conjunto de ofícios dirigidos à Agência Portuguesa do Ambiente e também à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo alertando para os problemas de poluição verificados naquela vila ribatejana. “Da recente inspecção da Agência Portuguesa do Ambiente à fábrica de cimentos da Cimpor continuamos a aguardar pelas conclusões”, refere.
Um forte cheiro acre, semelhante a um cruzamento entre azeite e vinagre, tem sido sentido com frequência nas últimas semanas em Alhandra, especialmente nos dias de chuva, deixando os moradores descontentes e a exigir soluções. O Serviço de Protecção do Ambiente e Natureza (SEPNA) da Guarda Nacional Republicana já esteve em vários locais daquela vila ribeirinha nos últimos dias a recolher indícios mas não há ainda conclusões que apontem para um responsável.
Quem vive no local aponta o dedo a algumas fábricas e complexos de transformação de óleo existentes na zona mas não há ainda certezas. As queixas já chegaram também ao presidente da junta de freguesia, Mário Cantiga, que apelou à câmara que encontre uma solução.
Em várias zonas da vila
O MIRANTE ouviu relatos do que vem acontecendo nos últimos dias. “Aqui era raro haver cheiros mas ultimamente têm acontecido e não sabemos porquê, sobretudo nos dias de chuva, é muito incómodo, é um cheiro muito mau”, lamenta Iolanda Nunes, moradora na Rua das Orquídeas.
Também o vizinho, Raul, se queixava dos maus-cheiros. “Há dias em que o ribeiro praticamente nem tem água, só corre óleo. Um óleo acastanhado. Só pode ser de alguma fábrica ou oficina aqui perto. Isto devia ser bem investigado porque quando cheira mal aqui ninguém consegue sequer ter uma janela aberta”, lamenta.
O problema não é sentido apenas na zona mais a oeste da vila. No centro histórico o comércio também se começa a ressentir dos maus-cheiros que, assegura quem ali vive e trabalha, têm sido frequentes.

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