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Câmara de Abrantes dá incentivos a três dos cinco médicos da nova Unidade de Saúde Familiar

Foi dada resposta a 4.500 utentes mas ainda há 11 mil sem médico de família no concelho. As primeiras inscrições são para os residentes na cidade por uma questão de proximidade. No Médio Tejo trabalham 112 médicos de família mas são necessários mais 17 para dar resposta a todos os habitantes.

A primeira unidade de Saúde Familiar (USF) de Abrantes, que adoptou a designação de “D. Francisco de Almeida” (1º vice-rei da Índia e filho dos primeiros Condes de Abrantes), entrou em funcionamento na segunda-feira, 30 de Maio, num edifício novo, situado na Rua de Nossa Senhora da Conceição, no centro de Abrantes, em frente ao Mercado Municipal.
Na fase inicial a Unidade de Saúde Familiar vai contar com cinco médicos, cinco enfermeiros e quatro administrativos, garantindo o atendimento a quatro mil e quinhentas pessoas que não têm médico de família, entre as oito da manhã e as oito da noite. A médica Rita Soares, de 38 anos, é a coordenadora da equipa de profissionais.
Três dos cinco médicos estão a beneficiar de um incentivo municipal, num total de nove mil euros anuais, suportados pelo orçamento camarário. Este apoio, atribuído a médicos que queiram trabalhar em Abrantes, tem a duração de dois anos, com a possibilidade de ser prorrogado por mais um.
A USF vai ter uma consulta aberta para situações agudas e um serviço de atendimento não presencial através do qual com um telefonema os utentes poderão esclarecer as suas dúvidas e questões com os médicos.
“As inscrições dos utentes para as listas dos médicos de família que vão integrar a Unidade de Saúde Familiar estão a decorrer”, referiu à Agência Lusa a directora executiva do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Médio Tejo, Sofia Theriaga.
Aquela responsável acrescentou que os 4.500 utentes sem médico de família residem na cidade de Abrantes, nomeadamente no território da União de Freguesias de S. João, S. Vicente e Alferrarede.
Nos 11 municípios da área de influência do ACES Médio Tejo trabalham actualmente 112 médicos de Medicina Geral e Familiar, mas, segundo Sofia Theriaga, “serão necessários mais 17 para ter cobertura total” e dar resposta aos 32.466 utentes do Médio Tejo que não têm médico de família.
A directora do agrupamento disse ainda que o concelho onde faltam mais médicos é Abrantes onde continuam por preencher seis vagas dos quadros para dar resposta a mais de 11 mil utentes sem cobertura ao nível de cuidados médicos de proximidade (32% do total).
“A abertura desta USF é muito importante para uma resposta mais cabal em termos quantitativos e qualitativos à população e significa o arranque da implementação em Abrantes do novo modelo organizacional no âmbito da reforma dos cuidados primários”, destacou Theriaga.
Numa fase posterior, a USF de Abrantes irá contar com um total de seis médicos, seis enfermeiros e cinco administrativos e poderá vir a abranger mais utentes que entretanto fiquem desprovidos de médico de família tendo em conta a eventual situação de reforma de alguns profissionais de saúde que exercem funções naquela área geográfica.
O edifício da USF de Abrantes, onde a autarquia pretende também instalar uma Loja do Cidadão, no 1.º piso, representou um investimento camarário de um milhão e cinquenta mil euros, que contou com fundos comunitários no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).
O Centro de Saúde de Abrantes, a funcionar actualmente nas instalações do Hospital de Abrantes, passará a funcionar no novo edifício da USF D. Francisco de Almeida, na rua Nossa Senhora da Conceição, no centro de Abrantes.

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