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Centralização dos serviços municipais de VFX descartada até final do mandato

Centralização dos serviços municipais de VFX descartada até final do mandato

Presidente da câmara opta por requalificar espaços já existentes e deixa decisão final para o futuro. Coligação Novo Rumo defendeu a “implosão” do antigo centro comercial Vila Franca Centro.

Os serviços municipais de Vila Franca de Xira, que estão espalhados por diversos edifícios na cidade, não vão mudar-se para um único edifício até ao final do actual mandato. A garantia foi dada na última reunião pública de câmara pelo presidente do município, Alberto Mesquita (PS), que assegurou uma aposta forte na requalificação dos espaços actualmente existentes.
“Até ao final do mandato todos os serviços da câmara vão ver as suas condições de trabalho melhoradas conforme a dignidade que merecem. Isso não significa que não se continue a pensar em novas instalações, mas neste momento a nível financeiro o Vila Franca Centro não é susceptível de ser aceite, não pode ser a qualquer preço”, lembrou o autarca.
Mesquita referiu que adaptar o edifício demoraria “uns dois anos” e que os trabalhadores não podem ficar nas actuais instalações, boa parte delas degradadas, “à espera que a câmara decida”. O autarca levantou também uma reflexão sobre se a unificação de serviços não contribuirá para um afastamento dos negócios. “Há zonas na cidade onde os serviços saíram e essas zonas morreram”, lembrou. Um exemplo disso é a zona do antigo hospital. “A dispersão dos serviços acaba por gerar dinamismo económico, fluxo de pessoas. Vejo com dificuldade tomarmos essa decisão neste mandato”, conclui.
O vereador Aurélio Marques, da CDU, lembra que a câmara não pode resolver o problema “peça a peça” e que é “pertinente” começar a discutir a possibilidade de centralizar todos os serviços num só local. Os comunistas defendem a construção de instalações de raiz no pátio da câmara, onde funcionam hoje os serviços de água e saneamento.
Já Rui Rei, da coligação Novo Rumo, foi mais crítico, considerando que a cidade tem edifícios suficientes para fazer a relocalização dos serviços. Considerou o Vila Franca Centro “um mono que não serve para nada” e que não deve ser o dinheiro público a requalificar aquela estrutura. O autarca chegou mesmo a defender a “implosão” daquele edifício. “Não estamos disponíveis para resolver problemas dos privados”, rematou.
Os autarcas falavam durante a discussão de uma proposta de realização de obras na antiga biblioteca de Vila Franca de Xira, que vai albergar os serviços da assembleia municipal e do departamento de gestão urbanística, planeamento e requalificação urbana. O actual edifício da assembleia, recorde-se, está fortemente degradado. Enquanto durarem as obras os serviços da assembleia vão passar provisoriamente para a antiga loja dos SMAS, que ficou livre com a abertura da loja do munícipe. As actuais instalações da assembleia deverão servir como edifício de apoio ao espólio do Museu do Neo-Realismo.

Centralização dos serviços municipais de VFX descartada até final do mandato

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