A falta de enfermeiros, uma situação recorrente no Hospital de Santarém, está a colocar o serviço em situação crítica de assistência aos doentes. O Sindicado dos Enfermeiros Portugueses (SEP) refere, por exemplo, que na segunda-feira, 30 de Maio, estavam “internados 45 doentes nas urgências, por falta de camas disponíveis nos serviços, acompanhados apenas por dois enfermeiros.
O sindicato diz que por turno nas urgências ficam em falta entre seis a oito enfermeiros, o que constitui uma “situação caótica” de sobrecarga dos profissionais e de insegurança de quem precisa de cuidados. O SEP explica que existe um posto nas urgências onde costumam estar internados entre 20 a 30 doentes, “dependentes, que aguardam internamento num qualquer serviço do hospital mas que ali podem ficar durante vários dias. A este posto de trabalho não está alocado qualquer enfermeiro, quando deveriam estar entre três a cinco profissionais”.
A situação levou os enfermeiros, no final de 2014, a escreverem ao conselho de administração do hospital, informando que transferiam para este “qualquer responsabilidade caso acontecesse qualquer incidente negativo na prestação de cuidados devido àquelas condições de trabalho”. Os enfermeiros “exigem uma solução célere para o problema e que sejam decididas formas eficazes” de o minimizar.
O SEP reuniu com o conselho de administração do hospital, na segunda-feira, perante a situação caótica em que se encontrava o serviço, transmitindo as suas preocupações. Segundo o sindicato, o conselho de administração justifica que não tem sido fácil fixar enfermeiros na unidade hospitalar e que está prevista a entrada de 12 novos enfermeiros a 13 de Junho, da bolsa de recrutamento, o que constitui um primeiro passo para tentar resolver o problema.
O MIRANTE contactou o presidente do conselho de administração do hospital mas José Josué mandou recado pela secretária de que não tinha conhecimento do comunicado dos enfermeiros e que estava ocupado numa reunião.