O Governo abriu a porta à possibilidade de vir a financiar parte dos custos com a obra de construção do novo quartel dos Bombeiros Voluntários de Vialonga com fundos comunitários. Caso a promessa se cumpra pode haver lançamento da obra até ao final deste ano. A garantia foi dada pelo secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, durante uma visita ao actual quartel.
O governante mostrou-se sensível aos problemas de espaço da corporação, que estão num quartel demasiado velho - usado há 39 anos - e admitiu canalizar fundos europeus destinados a obras de melhoria das condições operacionais para a intervenção florestal. Verbas onde o novo quartel de Vialonga pode ser incluído. Se assim for, a obra pode vir a ter 85 por cento de financiamento europeu, e outros dez por cento financiados pela câmara municipal, que já se disponibilizou para esticar o apoio até aos 15 por cento por considerar que Vialonga é um “problema” e que noutras obras o apoio camarário tem rondado os 25 por cento.
“Falta resolver o problema de Vialonga. Com a visita do secretário de Estado poderemos estar perante a apresentação de uma candidatura que resolva o problema de vez. Por nós, já fizemos o que tínhamos de fazer: cedemos um terreno para o quartel, validámos o projecto e tudo o mais que estava ao nosso alcance. Agora espero que a obra se inicie o mais depressa possível”, notou Alberto Mesquita (PS), presidente da câmara, na última reunião de câmara, onde o assunto foi discutido por proposta da coligação Novo Rumo.
Rui Rei, da coligação liderada pelo PSD, defendeu que a câmara defina se “aquilo que a corporação faz é ou não importante para a actividade regular da protecção civil” e, se sim, o novo quartel deve ser prioridade. “Todos nós esperamos que, rapidamente, os bombeiros de Vialonga possam ter condições dignas. Cá estaremos para apoiar a construção”, assegurou Ana Lídia Cardoso, da CDU.