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Quercus denuncia fábrica de Abrantes ao Ministério do Ambiente por descargas ilegais

A associação ambientalista Quercus apresentou junto do Ministério do Ambiente uma denúncia contra a fábrica Silicalia, em Abrantes, por alegadas descargas ilegais contínuas de resíduos no solo e numa ribeira. Contactada pela Lusa, fonte da administração da Silicalia afirmou, numa nota, que “toda a água misturada com pó de pedra que se gera na fábrica está tratada de forma controlada: ou através da estação de tratamento ou através de depósitos adequados para o efeito”.
De acordo com a Quercus, a empresa, que se dedica à preparação de aglomerados de pedra para a construção civil, produz no processo de fabrico “lamas compostas por resíduos de pedra e resinas utilizadas para a aglomeração do produto”, que descarrega na linha de água.
“Pelo que percebemos, a empresa não tem licença para descarregar aquelas águas na linha de água. A licença que tem é só para descarga de águas domésticas, mas com tratamento. Isto são águas industriais, portanto não pode fazer estas descargas”, explicou à Lusa Rui Berkemeier, coordenador do Centro de Informação de Resíduos da Quercus. Rui Berkemeier afirmou que no licenciamento da empresa “foi estabelecido que o sistema das águas industriais funcionaria em circuito fechado”, ou seja, seriam recuperadas e não seriam descarregadas no meio hídrico.
Por outro lado, os resíduos de pó de pedra deveriam ser encaminhados para tratamento e “não podem estar armazenados da forma como estão, porque estão em contacto com o solo, e está sujeito a haver arrastamento daquele pó pelas águas da chuva”, salientou. A Quercus destacou que apresentou a denúncia à Inspecção-Geral do Ambiente e à GNR, entidades que devem fiscalizar, salientando que “a fiscalização tem de ser permanente” no caso de situações como esta.

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