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Laranja Mecânica quer dinamizar o futsal em Torres Novas mas precisa de pavilhão

Laranja Mecânica quer dinamizar o futsal em Torres Novas mas precisa de pavilhão

Clube nascido há dois anos em Torres Novas tem de alugar pavilhão a um colégio privado para treinar pois não está incluído na distribuição de horários para o pavilhão da Escola Artur Gonçalves. Vereadora do desporto diz que há solução no horizonte.

O Laranja Mecânica Futsal Clube, colectividade criada em 2014 em Torres Novas, sente-se injustiçada face a outros clubes do concelho por não ter vaga para treinos no pavilhão da Escola Secundária Artur Gonçalves, sendo obrigada a pagar uma renda a um colégio privado da cidade para poder treinar.
“É uma questão de justiça e não queremos algo mais do que os outros clubes”, diz Paulo Jordão, pai de um jovem que pratica futsal no Laranja Mecânica, garantindo tratar-se de um caso único no concelho. No entanto, segundo O MIRANTE apurou junto da Câmara de Torres Novas, 2017 pode trazer boas notícias para o jovem clube de Torres Novas.
O Laranja Mecânica Futsal Clube nasceu como academia de futsal com o intuito de dinamizar a modalidade em Torres Novas. Nesse ano juntaram-se ao Núcleo Sportinguista de Torres Novas (NSTN) para poder iniciar a actividade e o clube fechou a época 2014/2015 com quase 40 atletas, dos 5 e os 12 anos distribuídos em quatro escalões (petizes, traquinas, benjamins e infantis), como nos conta o tesoureiro do clube, Ricardo Bento, que também esteve na conversa com O MIRANTE.
Na primeira época o clube não ganhou nada mas construiu as bases do projecto e no início da segunda época veio a primeira mudança. “O Núcleo Sportinguista queria manter o projecto mas não queria disponibilizar pessoal para a gestão porque dá muito trabalho. Então propusemos a gestão de tudo e eles só davam o nome e faziam a ponte com a câmara e a Associação de Futebol de Santarém”, conta Ricardo. E com um aumento de atletas na época 2015/2016, 50, alcançaram os primeiros resultados: a equipa de petizes sagrou-se campeã distrital e as equipas de benjamins e infantis o terceiro lugar nas provas da AF Santarém.
Para a actual época desportiva o clube voltou a propor a continuação do projecto com NSTN, que até então só tinha uma secção de atletismo. “Nada indicava que houvesse um divórcio da parte deles”, diz Paulo. “Respeitámos a decisão deles mas nós queríamos continuar”, diz, lembrando que após a cisão o Núcleo abriu um escalão de traquinas de futsal por conta própria.
Sem protocolo não há pavilhão
O Laranja Mecânica mantém o projecto com o apoio dos pais, de patrocínios e das quotas dos atletas para fazer face às despesas com deslocações, alimentação, material desportivo e os salários de alguns treinadores, tendo cinco escalões em competição (abriram também o de iniciados). São mais de 70 atletas entre os 4 e os 14 anos, quatro treinadores e respectivos adjuntos, mas com a desvinculação ao NSTN ficaram sem horas no Pavilhão Artur Gonçalves onde treinam equipas de basquetebol, andebol e futsal.
“Treinamos no pavilhão do Colégio Andrade Corvo com a boa vontade do director, mas temos de pagar uma renda quando podíamos treinar a custo zero porque quando fizeram a divisão de horas com vários clubes nós não estávamos incluídos”, diz Ricardo. “Há poucas semanas apresentaram-nos um dia para treinar, entre as 21h30 e as 23h00, mas claro que ninguém coloca filhos a treinar a essas horas. Agora apresentaram-nos entre as 20h00 e 21h30 à quinta-feira, mas o resto dos dias temos de treinar no colégio privado”, afirma o tesoureiro. A vereadora da Câmara de Torres Novas com o pelouro do desporto afirma que o grande obstáculo são os contratos-programa celebrados com os outros clubes que têm uma duração de dois anos, “ou seja os horários do ano anterior aplicam-se ao actual e sendo a academia um clube recente não foi incluído”.
Elvira Sequeira (PS) diz compreender que as horas disponíveis não sejam as melhores para os atletas por serem demasiados tardias ou por sobreposição com o horário escolar, mas acrescenta que o assunto deve ficar resolvido em breve com o fim das obras no pavilhão da Escola Manuel Figueiredo. “Vai permitir mais horários para os clubes e modalidades que também enfrentam o mesmo problema”, acrescenta.

Laranja Mecânica em reestruturação

O presidente do Laranja Mecânica, Dário Ribeiro, vai demitir-se nos próximos meses por falta de tempo para o projecto e vai ser o tesoureiro a dirigir o clube. Ricardo Bento revela a
O MIRANTE que a direcção de nove elementos vai aumentar - com a entrada de Paulo Jordão, por exemplo - e que a formação será sempre a prioridade.
Nos próximos anos o clube deverá abrir mais escalões. “Vamos dando um passo de cada vez porque há questões de segurança a ponderar. Uma das soluções passa por criar um protocolo com um clube para encaminhar a nossa formação - talvez seja o ideal”, afirma Ricardo que não coloca uma sede para o clube como prioridade máxima.

Laranja Mecânica quer dinamizar o futsal em Torres Novas mas precisa de pavilhão

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