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Alunos de Aveiras de Cima divertem-se a programar robôs

Alunos de Aveiras de Cima divertem-se a programar robôs

Para o futuro o grupo quer aumentar o número de participantes e competir em concursos de robótica

Têm idades entre os 10 e 15 anos mas já programam códigos, constroem robôs e desenvolvem aplicações para software andróide. Nas tardes de quarta-feira, cerca de uma dezena de alunos do Clube de Robótica da Escola Básica 2/3 de Aveiras de Cima, em Azambuja, mexem em robôs e desenham aplicações que há 20 anos só técnicos informáticos sabiam fazer. Os instrumentos que utilizam são kits Lego, próprios para crianças e especializados na área robótica. O uso dos robôs, que não são maiores que a palma de uma mão adulta, ajuda-os a desenvolver competências através de resoluções de problemas na programação.
De momento estão a criar uma maquete da vila de Aveiras de Cima onde incorporam um robô que separa o lixo, um camião, um carrossel e outros ornamentos. O Ministério da Educação premiou recentemente o projecto anual do Clube de Robótica. Um reconhecimento ao trabalho que o clube pratica e que foi recebido com grande satisfação.
Foi Rui Balcão, presidente da associação de pais, e Pedro Aparício, outro encarregado de educação, que implementaram o projecto na escola. O estabelecimento de ensino gostou da ideia e em 2010 abriu o clube. Os três filhos de Rui passaram pelo clube. O mais velho, Tomás, já deixou a escola, mas Martim e Afonso ainda ali estudam e não perdem nenhuma sessão do clube.
Martim, de 13 anos, e o amigo João Pedroso, de 14, são dos mais velhos e ajudam Sandra Resende, professora responsável, a dar formação aos restantes membros do grupo. A paixão pela robótica explica-se pelo desejo de se tornarem engenheiros informáticos. “Gosto de programar e montar os Lego. Pegar num instrumento e criar algo completamente novo”, diz João. Afonso Balcão é o irmão mais novo, com 10 anos. Afirma que não está ali por influência da família, ainda que também queira ser engenheiro informático.
Martim Coelho e Afonso Oliveira chegaram ao clube por causa de Afonso Balcão. De início não foi fácil para Martim Coelho. A mãe entendia a ideia de robótica com mexer em cabos e tinha medo que o filho apanhasse um choque. Com Afonso Oliveira foi o oposto. “O meu pai disse-me para deixar de estar sentado a jogar ao computador e aproveitar o tempo no clube. Agora sou eu que o ensino a programar”, explica Afonso que quer ser ‘youtuber’ e mostrar como se passa de nível nos videojogos.
Margarida Alves tem 10 anos, é a única menina do grupo e uma espécie de porta-voz do clube. Tomou conhecimento do projecto no aniversário do agrupamento de escolas e ficou espantada com robôs a mexerem-se por telefone. “Em vez de ir para casa estou aqui. Aprendo a montar robôs e a fazer programação”, diz. Contudo, apesar do entusiasmo, Margarida tem ideias de crescer na área das línguas ou ser hospedeira. “Quando for mais velha logo vejo”, atira.
Esta é a primeira vez que Sandra Resende está responsável por um clube deste género. A professora de informática, de 35 anos, surpreende-se com as crianças. “Eles são muito interactivos e encontram soluções que eu não vejo. Têm um espírito de iniciativa incomparável. Ao contrário das salas de aula, aqui não preciso de lhes dizer o que têm para fazer”, afirma.

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