Empresas já podem comprar terrenos no Valleypark
Área de Localização Empresarial do Falcão, no Cartaxo, já tem os lotes desbloqueados. Condições de comercialização dos terrenos foram apresentadas numa sessão que contou com a presença do ministro da Economia e do presidente da AIP.
“Portugal tem, desde 2001, a legislação mais avançada da Europa em termos de licenciamento e ordenamento do território mas existem algumas dificuldades em avançar com os projectos devido às dificuldades de relacionamento entre os ministérios da Economia e Ambiente”. As palavras são do presidente da Associação Industrial Portuguesa (AIP), José Eduardo Carvalho, durante a sessão de apresentação das condições de comercialização da Área de Localização Empresarial do Falcão – Valleypark que decorreu na tarde de 31 de Maio, no Cartaxo. A sessão contou com a presença do ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral.
A partir de agora os empresários já podem comprar terrenos na Área de Localização Empresarial do Valleypark que foi construída em 2012. A Câmara do Cartaxo esteve impedida de registar os terrenos onde está construído o Valleypark uma vez que, conforme o presidente da câmara da altura, Paulo Caldas (PS), explicou a
O MIRANTE, os lotes não podiam ser vendidos já que o plano de pormenor nunca foi registado porque os bancos não o permitiam. A sociedade Valleypark, recorde-se, viveu momentos difíceis em termos financeiros, tendo mesmo atravessado um processo de insolvência entretanto suspenso.
O impasse arrastou-se tendo agora um grupo de investidores comprado os créditos que dois bancos tinham sobre o Valleypark desbloqueando a situação, sendo que agora já se podem comercializar os lotes. “O índice de confiança da situação económica do país estiveram na base da decisão deste grupo de investidores”, esclareceu José Eduardo Carvalho.
Segundo José Eduardo Carvalho, já foram investidos cerca de 6,3 milhões de euros no Valleypark e está previsto investir-se mais 10,3 milhões, num total de investimento de cerca de 16 milhões de euros. O capital social do Valleypark é de 1,1 milhões de euros, sendo que 77 por cento (%) pertence a privados e 23% a capitais públicos. A Área de Localização Empresarial do Falcão – Valleypark vai dispor de abastecimento de gás natural, zonas verdes de protecção e enquadramento, ciclovias, estacionamento dentro e fora dos lotes, não vai haver vedação entre os lotes e vai ter ainda área de lazer e desporto, entre outros.
O presidente da Câmara do Cartaxo, Pedro Magalhães Ribeiro, elogiou os seus antecessores, sobretudo Paulo Caldas, pela visão da construção do nó da A1 no Cartaxo e a construção do Valleypark ali ao lado. O autarca sublinhou a centralidade da infra-estrutura em relação a todo o país e realçou o facto dos preços dos terrenos serem um terço mais baratos que a zona empresarial mais próxima, situada no Carregado. “Temos muitas expectativas que este parque de negócios possa acolher rapidamente as empresas que nos têm procurado para aqui se instalarem”, afirmou.
O ministro da Economia realçou que a Área de Localização Empresarial do Cartaxo é um bom exemplo do bom momento que Portugal atravessa e acredita que as empresas se vão instalar no Valleypark e que o investimento vai ser rentabilizado. “Este é um bom exemplo de um parque que foi planeado e surgiu numa altura em que a crise económica no nosso país era enorme e isso minou a confiança dos investidores. No entanto, soube recuperar e está agora no bom caminho”, concluiu.