Com a crise quem levava um jornal e uma revista passou a levar apenas o jornal
Papelaria Conde D’Arcos, Rua Heróis de Chaves - Salvaterra de Magos
Desde 2014 que a Papelaria Conde D’Arcos, junto à central de camionagem de Salvaterra de Magos, é explorada pelos irmãos Bruno e Mafalda Crispim. O estabelecimento foi comprado pelo pai dos dois jovens, António Crispim, em 2001 e eles assumiram o negócio quando o progenitor comprou um outro estabelecimento na área da restauração.
“Quando o meu pai comprou a papelaria eu ajudava-o, nomeadamente nas férias. Depois de entrar na área da restauração deixei o trabalho que tinha e passei a estar aqui a tempo inteiro com a minha irmã”, conta Bruno Crispim.
O estabelecimento vende essencialmente brindes, raspadinhas, tabaco, livros e material escolar. Também faz fotocópias e borda emblemas. Contrariamente ao que é habitual não são as raspadinhas que levam os clientes a comprar jornais mas o contrário. “Normalmente são os clientes que vêm comprar jornais que acabam por comprar raspadinhas”, conta o gerente.
Em relação aos jornais, confessa que os clientes mais novos preferem os desportivos e os clientes mais velhos o Correio da Manhã. Quanto a O MIRANTE, esgota quase sempre, embora isso aconteça mais quando a edição traz notícias do concelho.
Bruno Crispim diz que a crise económica afectou as vendas, especialmente a nível de jornais e que a tão apregoada recuperação económica não se nota a esse nível. “Antigamente havia casais que compravam normalmente um jornal e uma revista, agora optam por uma das publicações”, refere.
A papelaria Conde D’Arcos é um espaço onde os clientes gostam de conversar e saber as novidades. Muitos aproveitam para ler os títulos de primeira página e até para folhear e ler outras notícias, “embora alguns acabem por se ir embora sem comprar nenhum”, desabafa o responsável.