
Centros de resíduos perigosos do Relvão com retorno de 17 milhões de euros na economia
Consórcios Ecodeal e Egeo Sisav apresentaram balanço dos nove anos de actividade
Em nove anos, os Centros Integrados de Recuperação, Valorização e Eliminação de Resíduos Perigosos da Egeo Sisav e Ecodeal no EcoParque do Relvão, na Chamusca, foram responsáveis por injectar na economia da região e do país 17 milhões de euros em valor acrescentado bruto. Mas ainda há grande margem de crescimento.
Passados nove anos desde a inauguração dos dois Centros Integrados de Recuperação, Valorização e Eliminação de Resíduos Perigosos (CIRVER), explorados pelos consórcios Egeo Sisav e Ecodeal no EcoParque do Relvão, na Chamusca, a sua actividade resultou em ganhos de 17 milhões de euros para a região e para o país.
Os números foram avançados na tarde de 7 de Junho, durante a apresentação do balanço dos últimos nove anos de actividade. Os 17 milhões de euros dizem respeito ao valor acrescentado bruto (como salários, impostos, contribuições e rendimentos) gerado pelo funcionamento dos dois centros. Desse valor fazem parte, por exemplo, 2,3 milhões de euros em salários e 600 mil euros de contribuições directas para a Câmara da Chamusca. Foram gerados também 310 empregos na zona. Os dois centros representam actualmente 24 milhões de euros anuais em prestação de serviços.
“Na altura a Câmara da Chamusca registava uma dinâmica de empobrecimento e pouco emprego. A instalação dos dois CIRVER foi a oportunidade de dinamizar a região e a sua economia, o que foi conseguido, através não só dos empregos directos como também dos empregos indirectos em sectores específicos como os serviços, aumentando o consumo e acabando por ter impacto directo na geração de mais empregos”, avançou António Lourena, responsável pelo estudo da actividade destes centros nos últimos nove anos.
CIRVER estão subutilizados
O investimento global nos dois CIRVER do EcoParque do Relvão já atingiu os 66 milhões de euros, mas tanto a Egeo Sisav como a Ecodeal admitem que os dois centros estão subutilizados face à sua capacidade instalada, valorizando ambos actualmente apenas metade da sua capacidade.
Manuel Simões, director-geral da Ecodeal, explica que o atraso na publicação da lei dos solos contaminados, que torne imperativa uma adequada avaliação e encaminhamento dos resíduos para tratamento, agrava o problema. “É incorrecto classificar apenas um resíduo consoante a sua admissibilidade em aterro”, explica.
Por outro lado, a inexistência de um guia de classificação de resíduos com força vinculativa também tem contribuído para a subutilização dos dois CIRVER, admite Filipe Serzedelo, CEO da Egeo Sisav. “Uma categorização rigorosa e detalhada vai exigir que haja um maior controlo e fiscalização dos operadores privados que ainda são responsáveis por 200 mil toneladas que não passam pelos nossos centros e que, actualmente, não são tão controlados e escrutinados como nós somos”, alerta o responsável.

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