Amputado com dificuldades em sair de casa por falta de acessos adequados
Morador do Bairro do Girão, em Santarém, desloca-se numa cadeira de rodas e pede que sejam criadas condições que lhe dêem mais mobilidade.
Carlos Moita Sousa está impossibilitado de sair do bairro onde reside. O munícipe, que está numa cadeira de rodas depois de ter sido amputado a uma das suas pernas em Janeiro deste ano devido a diabetes, depende da ajuda da mãe, de 84 anos, de um vizinho ou dos bombeiros para descer as escadas até ao elevador, situado num patamar abaixo do seu apartamento, e assim chegar à saída do prédio onde vive no Bairro do Girão, em Santarém. Depois, já no exterior, tem outro obstáculo para vencer: entre o passeio e a rua há um desnível de cerca de 20 centímetros e não existem rampas para cadeiras de rodas. “São os bombeiros que me carregam porque de outra maneira não consigo passar deste passeio”, conta o morador.
E Carlos não pede muito: “Só precisava de um bocado de cimento para descer este degrau de passeio e um corrimão no vão de escadas de acesso ao elevador”, queixa-se, admitindo que ficaria mais autónomo e teria mais qualidade de vida. O munícipe, que refere que nunca falhou no pagamento da renda à Câmara de Santarém, proprietária do seu apartamento, já tentou contactar com a autarquia e a empresa que está a gerir neste momento o condomínio em causa, mas nunca conseguiu uma resposta aos seus pedidos.
Contactada pelo O MIRANTE, o município garante que um técnico irá deslocar-se à casa de Carlos Sousa e analisar o caso. “Vamos verificar as condições para depois podermos resolver a situação e vamos também inteirar-nos das condição de saúde do munícipe para podermos ajudar da melhor forma”, referiu fonte da área da Acção Social da autarquia.