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O maior parque europeu de produção de microalgas abriu na Póvoa de Santa Iria

O maior parque europeu de produção de microalgas abriu na Póvoa de Santa Iria

Unidade vai produzir 600 toneladas de microalgas por ano que têm diversas utilizações. Alberto Mesquita, presidente do município, diz que se trata de um investimento “da mais alta importância” para o concelho, por gerar emprego qualificado e mais valias económicas e ambientais, já que as microalgas consomem dióxido de carbono e libertam oxigénio.

Arrancou na quinta-feira, 13 de Julho, na Póvoa de Santa Iria, concelho de Vila Franca de Xira, o Algatec, o maior business park da Europa de produção de microalgas, que representa um investimento de 22 milhões de euros.
O parque do grupo A4F Algae For Future, cujos projectos são financiados por fundos comunitários, está implantado no parque industrial da Solvay. A perspectiva é produzir, em 14 hectares, 600 toneladas de microalgas por ano, que consumirão duas mil toneladas de dióxido de carbono (CO2) e as converterão em oxigénio. Vão ser criados 100 novos postos de trabalho e o volume de vendas rondará os 10 milhões de euros por ano.
O objectivo do Algatec é acolher e apoiar empreendedores e investidores na área das microalgas e fazer a ponte entre a aplicação e a produção industrial destas algas, acrescida do desenvolvimento e comercialização de novos produtos. As microalgas são utilizadas numa ampla variedade de aplicações tecnológicas que vão desde a indústria alimentar, rações para animais, cosmética, farmacêutica, produção de energia, tratamento de efluentes e produção de bioplásticos.
“Este projecto afirma-se da maior importância para o nosso concelho e permitirá a criação de boas sinergias com o mercado local. É uma aposta sustentável e com elevada especialidade tecnológica. É uma aposta que é uma mais-valia para todos nós e um exemplo inovador para o concelho e para o país”, exaltou Alberto Mesquita (PS), presidente do município.
Já o CEO da A4F, Nuno Coelho, explica que este novo parque da Póvoa vai ser “extremamente relevante” a nível europeu e até mundial, porque permitirá reduzir os custos de produção maximizando a área produtiva. “Toda a gente no futuro vai ouvir falar bastante das microalgas como superalimento, sobretudo entre desportistas, por conter bastantes vitaminas, aminoácidos e polisacáridos. Vamos aproveitar onze lagoas situadas nas antigas salinas da Solvay e vamos buscar a essa empresa toda a nossa electricidade, vapor e usar os seus laboratórios. Vai ser uma sinergia importante e elegante”, explica.
O empresário diz que também estudou a possibilidade de implementar o projecto noutras áreas e empresas do concelho, como a Cimpor e a Cimianto, mas que tal não foi possível. “Na Cimianto, apesar da fábrica estar desactivada, acreditamos que as microalgas têm um forte papel na recuperação dos solos”, informou.
A ocasião foi também aproveitada por Luís Saldanha da Gama, administrador delegado da Solvay, para assumir o compromisso de transformar o business park da Solvay num veículo de criação de emprego qualificado e gerador de riqueza.

O maior parque europeu de produção de microalgas abriu na Póvoa de Santa Iria

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