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Barreiras de Santarém entram na campanha eleitoral e a discussão sobe de tom

Barreiras de Santarém entram na campanha eleitoral e a discussão sobe de tom

Candidato do PS criticou inoperância da gestão PSD à frente do município por ainda não ter sido reaberto o troço da EN 114 entre a cidade e a ponte D. Luís. Presidente da câmara e recandidato ao cargo respondeu à letra, recuperou memórias de 2003 e criticou notícias incorrectas.

O presidente da Câmara de Santarém, Ricardo Gonçalves (PSD), respondeu na reunião do executivo desta segunda-feira, 17 de Julho a declarações do cabeça de lista do PS à câmara, Rui Barreiro - que reclamou uma rápida abertura de um troço da EN 114 que está cortado há quase três anos entre a cidade e a ponte D. Luís, devido a um deslizamento de terras na encosta de Santa Margarida - , recordando que aquela via é tutelada pela empresa pública Infraestruturas de Portugal, que por sua vez depende do Governo.
Ricardo Gonçalves sublinhou também que a estrada está cortada por recomendação do LNEC (Laboratório Nacional de Engenharia Civil), que desaconselhou a sua reabertura enquanto não for construído um muro de suporte na base da encosta que garanta a segurança dos utilizadores. O cronograma da obra aponta para que no final deste ano o troço possa ser reaberto ao trânsito, acrescentou, revelando que as obras começaram na sexta-feira, 14 de Julho.
O presidente da câmara corrigiu também uma notícia publicada na sequência da visita de uma comitiva socialista à zona da encosta onde a empreitada, já adjudicada e consignada, tarda em arrancar, referindo que o município não vai pagar metade da obra, orçada em cerca de 5 milhões de euros, mas sim metade da comparticipação nacional, já que a intervenção é comparticipada em 85% por fundos comunitários. Ou seja, a autarquia vai entrar com 7,5% do valor total.
“A intervenção global está previsto que termine em Junho de 2019. Há muito tempo de trabalho pela frente”, declarou Ricardo Gonçalves, lembrando que, após a garantia de financiamento pela União Europeia, os procedimentos burocráticos e administrativos e a necessidade de o processo passar pelo crivo do Tribunal de Contas levaram ao arrastamento temporal. A empreitada foi consignada em Março último e desde aí tem condições para arrancar. Mas até à data não se têm visto trabalhos no local, o que tem motivado algumas críticas e questões.

Arquivo de O MIRANTE serviu para lembrar ‘pecados’ antigos
Na página da sua candidatura na rede social Facebook, Rui Barreiro publicou que “não é aceitável que a estrada nacional 114 esteja cortada ao trânsito há três anos. Não é aceitável que uma estrada nacional, que liga a capital de distrito ao sul do país, continue encerrada há tanto tempo. Independentemente de quem gere as estradas, o município tem grandes responsabilidades nesta situação, por não saber defender os interesses de Santarém”.
Rui Barreiro publicou também posições suas e do PS datadas de 2014 onde defendia a urgência de intervenção nas encostas da cidade - para sublinhar que a sua preocupação não vem de agora -, acusando a gestão PSD de inoperância.
Na resposta, Ricardo Gonçalves recuou mais no tempo e lembrou que em Outubro de 2003, quando Rui Barreiro era presidente da Câmara de Santarém, houve uma assembleia municipal extraordinária sobre o assunto onde um responsável da já extinta DGEMN (Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais) deixou críticas contundentes à autarquia. Uma assembleia sobre um tema muito importante, enfatizou Ricardo Gonçalves, onde Rui Barreiro não marcou presença por estar de férias, delegando essa missão no seu vice-presidente Manuel Afonso.
Na altura, o responsável da DGEMN, Vasco Costa, referiu a falta de resposta do município escalabitano a um conjunto de situações solicitado em Outubro de 2002, no âmbito da comissão interministerial que a câmara integrava juntamente com alguns organismos do Estado.
Vasco Costa estranhou também a desorganização da edilidade, obrigando a DGEMN “a andar, ainda hoje, à cata de elementos essenciais ao processo”, relatou, citado por O MIRANTE na edição de 23 de Outubro de 2003. “Nem para que os técnicos procedessem à leitura dos instrumentos de medição colocados pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) foram limpos os caminhos”, acusou também.

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