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Fábrica de pizzas refrigeradas cria 70 postos de emprego em Samora Correia
Empresa Brieftime investiu 5,5 milhões de euros nessa unidade industrial, pioneira no nosso país, e já tem prevista a construção de nova fábrica na mesma zona.
A Brieftime, primeira fábrica portuguesa de pizzas refrigeradas, inaugurada na sexta-feira, 29 de Setembro, em Samora Correia, resulta de um investimento de 5,5 milhões de euros, que permitiu a criação de 70 postos de trabalho.
A inauguração contou com a presença do ministro da Economia, Caldeira Cabral, que destacou que o crescimento verificado na economia portuguesa não resulta apenas dos grandes investimentos internacionais, mas também do nascimento de negócios de pequena e média dimensão.
Questionado sobre o potencial de exportação dos produtos da Brieftime, Caldeira Cabral destacou o aumento das exportações no sector agroalimentar e o facto de serem produtos transformados, destinados às grandes cadeias de distribuição. “O agroalimentar teve um aumento nas exportações, no primeiro semestre, de 14%”, consequência da exportação, não só de produtos agrícolas, mas também “produtos muito transformados, trabalhando para as grandes cadeias de distribuição e criando mais valor que fica em Portugal”, vincou o ministro.
O presidente executivo da Brieftime, Pedro Teixeira, disse que a ideia de criar a primeira fábrica de pizzas refrigeradas em Portugal, resultou da escassez de fornecedores portugueses e da oportunidade de entrar numa categoria de mercado que valia 30 milhões de euros.
“A ideia surgiu em 2014, eu trabalhava na grande distribuição e vi que havia uma oportunidade de mercado, que não tinha qualquer tipo de fornecedor português e era uma categoria que valia 30 milhões de euros”, disse o empresário à Lusa.
Pedro Teixeira referiu que a criação do projecto veio trazer um grande impacto ao concelho de Benavente e acrescentou que já estão a trabalhar numa nova unidade que vai empregar mais 20 pessoas. “Acho que [o impacto para a economia regional] é bastante elevado, sobretudo, pelo emprego que estamos a criar à volta desta região” e estamos ainda a “abrir uma fábrica nova, em frente a esta, onde vamos pôr 20 pessoas”, afirmou.
O presidente executivo da Brieftime, disse ainda que existem algumas características do produto que limitam as possibilidades de exportação, porém, as pizzas podem afirmar-se através das matérias-primas utilizadas. “É um produto refrigerado, tem sempre uma limitação a nível da exportação por causa do seu prazo de vida”, mas pode distinguir-se “pelo regionalismo ou através das matérias-primas que acrescentamos”, concluiu.
A nova unidade fabril, que dispõe de uma área de cinco mil metros quadrados, teve um período de testes que durou, sensivelmente, um ano e que permitiu que fossem confirmados os sistemas de gestão, ao nível da qualidade e segurança alimentar.
Nos primeiros meses, a Brieftime produziu cerca de 300 mil pizzas, tendo, em Setembro, os valores de produção ascendido a um milhão de unidades, sendo metade destinada à exportação para o mercado espanhol. Já o volume de negócios da empresa fixou-se, este ano, em 13 milhões de euros.
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