Moradores de Alhandra e Calhandriz reclamam melhorias nos cemitérios
Na Calhandriz, portão que impede a entrada a estranhos não fecha. Em Alhandra são necessários mais osssários.
Quem vive na aldeia da Calhandriz, na União de Freguesias de Alhandra, São João dos Montes e Calhandriz, concelho de Vila Franca de Xira, quer “mais respeito pelos mortos” e um portão do cemitério que realmente funcione.
Isto porque o portão actualmente existente está perro e não fecha completamente, o que significa que a qualquer hora do dia ou da noite o cemitério está vulnerável e exposto a potenciais actos de vandalismo ou roubo. Por enquanto são apenas as crianças a ocupar ocasionalmente o espaço para a brincadeira mas os moradores temem que algo pior possa acontecer se o assunto não for resolvido.
Na última assembleia de freguesia o tema foi também levantado por Osvaldo Pires, da Coligação Novo Rumo, liderada pelo PSD, que avisou que “em caso de vandalismo” haverá ali “um problema grave” nas mãos do executivo que não resolveu o problema. O autarca quis também saber se há um plano para reabilitar o recinto.
António Alfredo, do executivo da junta, admite que o facto do portão não fechar é “péssimo” mas que o problema será acompanhado. “O portão só fecha no Inverno porque no Verão, com o calor, dilata e não o conseguimos fechar. O sistema da tranca é centenário e as dobradiças são muito antigas e arcaicas e não lhes conseguimos mexer, só através de um especialista. Concordo que é mau não estar fechado mas estudaremos outras hipóteses”, explicou. Em cima da mesa pode estar o fecho, por exemplo, com um cadeado.
Entretanto, na mesma assembleia, Antónia Balsinha, moradora de Alhandra, lamentou a falta de mais ossários disponíveis no cemitério daquela vila. “Que possam dar ao cemitério de Alhandra o tratamento que o espaço precisa. Para ter um ossário tive de esperar que alguém que não tivesse dinheiro para pagar o desocupasse. Lamento que se ande à deriva neste assunto e era uma boa oportunidade para agora se tratar disto”, afirmou.
O presidente da junta, Mário Cantiga (CDU), afirma desconhecer se há escassez de ossários no cemitério de Alhandra mas explica que muitas vezes isso se deve ao facto de quase ninguém querer os ossários que ficam ao nível do solo. “Toda a gente quer os de cima ou os do meio e depois ficamos com os outros todos vazios. Isto não nos serve de desculpa mas é naturalmente uma matéria que vamos avaliar”, explicou o autarca.