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Queimada descontrolada mata dirigente associativo do concelho de Mação
VÍTIMA. César Silva Eugénio tinha 65 anos e era tesoureiro da Associação da Gargantada

Queimada descontrolada mata dirigente associativo do concelho de Mação

Vítima ainda ligou para os bombeiros quando percebeu que não conseguia controlar o fogo. Caso passou-se em Monte Fundeiro, freguesia de Amêndoa.

Laura Mateus, 65 anos de idade, olhava para o terreno queimado na Rua da Lameira Brava, na localidade de Monte Fundeiro, concelho de Mação, e ainda não queria acreditar que César Silva Eugénio, da mesma idade, homem bastante activo e tesoureiro da Associação da Gargantada, tivesse morrido quando estava a fazer uma queimada que se descontrolou. O acidente ocorreu no dia 7 de Fevereiro e deixou a freguesia de Amêndoa consternada.
A vizinha do falecido conta que ele passou a juventude na localidade e depois foi trabalhar para Lisboa, para a Casa da Moeda. Há uns anos regressou à terra natal para gozar a reforma e tratar dos seus terrenos. Os vizinhos contam que foi Eugénio que ligou para os bombeiros quando viu que não conseguia controlar a queimada. O que se passou de seguida não se sabe ainda, mas os populares acreditam que terá sido uma mudança de direcção do vento que fez com que as chamas atingissem o dirigente associativo.
Os Bombeiros Voluntários de Mação foram chamados para uma queimada descontrolada em Monte Fundeiro, na freguesia de Amêndoa, e quando os bombeiros começaram a combater o fogo viram que “estava lá no meio um homem carbonizado, já cadáver”, disse o comandante dos Bombeiros Voluntários de Mação, Pedro Jana. “As pessoas andam bastante nervosas porque andam pressionadas com esta nova lei da limpeza dos terrenos. Temos de limpar até ao dia 15 de Março porque as multas são pesadas”, diz a vizinha Laura que também tem terrenos para limpar.
O comandante também refere que “as queimadas descontroladas têm originado várias ocorrências no concelho de Mação”, tendo apelado a que se tenha o “máximo de cuidado e precaução” com estes procedimentos “ou não as fazer, de todo”. César Silva “Era uma pessoa bastante querida na pequena localidade que nunca ninguém disse mal”, conta Maria Lurdes Pereira, que tem uma pequena mercearia junto à igreja matriz de Amêndoa, mostrando o convite da inauguração do Forno Comunitário da associação onde César era tesoureiro.
A inauguração estava marcada para o dia 10 de Fevereiro e contava já com cerca de 140 inscrições para o almoço convívio. A iniciativa foi cancelada e a inauguração só deve ocorrer depois da Páscoa e das festas anuais, que se realizam entretanto. O presidente da Associação da Gargantada, Luís Résio, recorda o seu amigo César como “um bom homem”.
A comerciante refere que ninguém sabe quais terão sido as causas da morte e não acredita que César morresse queimado. “Deu-lhe alguma coisa de certeza”, diz. “Ele só estava queimado na parte debaixo do corpo”.

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