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Prédio que ameaçava ruir no centro histórico de Santarém veio mesmo abaixo
Moradores da zona já tinham previsto que antigo armazém ruísse

Prédio que ameaçava ruir no centro histórico de Santarém veio mesmo abaixo

Metade de armazém desmoronou-se levando ao corte do trânsito na Calçada Mem Ramires

Os moradores da zona já vaticinavam há muito o desfecho e na manhã de 28 de Fevereiro as previsões concretizaram-se: parte de um antigo armazém situado na Calçada Mem Ramires, no centro histórico de Santarém, ruiu. O desmoronamento obrigou ao corte do trânsito no local durante dois dias para se proceder à demolição de escombros em risco iminente de ruína e limpeza da via.
Segundo os moradores da zona, a situação já se adivinhava. “Antigamente ainda colocava ali na rua o grelhador para assar sardinhas, mas quando vi pedras e areia a cair do edifício, comecei a deixar de o fazer”, adianta Joaquim Vieira, que reside paredes-meias com o armazém degradado, dizendo que foi uma sorte não ter caído em cima dos dois automóveis que passavam no local.
O reformado de 67 anos conta que ouviu as primeiras pedras começarem a cair durante a madrugada. Mas foi já pelas 12h26, quando dois carros desciam a calçada, que se deu o incidente. “Nem sei como não apanhou a segunda viatura”, confessa Joaquim Vieira que testemunhou a derrocada. “A minha mulher ainda se agarrou a mim porque pensava que ia cair na nossa direcção, mas não, acabou por tombar para o outro lado”, diz aliviado.
Joaquim Vieira não tem dúvidas que a degradação do edifício, juntamente com as condições meteorológicas adversas que se fizeram sentir durante essa madrugada, foram as causas para que a derrocada se desencadeasse. “Nós aqui vivemos constantemente com medo que os edifícios nos caiam em cima”, revela o reformado, afirmando que o problema é que, como os proprietários não têm condições financeiras para arranjar os edifícios, eles vão-se degradando e “depois é o que se vê”.
Na casa onde Joaquim Vieira reside, por exemplo, problemas é o que não falta. “Basta ver quando chove a água que entra dentro de casa. Mas se a senhoria não pode pagar os arranjos o que posso eu fazer?”, questiona.
Os bombeiros efectuaram uma vistoria ao local na qual decidiram interditar essa artéria durante dois dias.

Prédio que ameaçava ruir no centro histórico de Santarém veio mesmo abaixo

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