Os concelhos de Ferreira do Zêzere, Constância, Mação e Chamusca não têm disponibilizadas nos seus sites institucionais as actas das reuniões dos respectivos executivos realizadas depois de Fevereiro deste ano. Tal falha é lamentável, uma vez que aqueles documentos são os únicos que permitem saber, para além das decisões tomadas, os argumentos que cada um dos vereadores usou para justificar as suas votações.
As últimas decisões que se conhecem tomadas pelo executivo da Câmara de Ferreira do Zêzere, por exemplo, são as da reunião realizada a 11 de Janeiro. Em Constância a última acta disponibilizada é a da reunião de 1 de Fevereiro e em Mação a de 15 do mesmo mês. No site da Chamusca a última acta disponível para consulta é a de 20 de Fevereiro.
O Índice de Transparência Municipal, que é publicado anualmente desde 2013, avalia a informação sobre a organização, composição social e funcionamento do município; planos e relatórios; impostos, taxas, tarifas, preços e regulamentos; relação com a sociedade; contratação pública; transparência económico-financeira e transparência na área do urbanismo.
Em 2017, os municípios aqui mencionados como não tendo divulgando, até sexta-feira passada, as actas das reuniões dos seus executivos, para além das realizadas em Janeiro ou Fevereiro, não conseguiram ficar nos 100 primeiros lugares daquele “ranking”, entre os 308 municípios portugueses, com excepção de Constância que ficou em 83º lugar mas cujo executivo mudou da CDU para o PS em Outubro. Mas a transparência no distrito de Santarém não é o forte das 21 câmaras municipais. Apenas Salvaterra (18), Golegã (22), Cartaxo (33), Torres Novas (36) e Entroncamento (50) conseguiram ficar nos primeiros cinquenta lugares.
Fernando de Carvalho