“Poder trabalhar com crianças e ver o sorriso dos pais é gratificante”
Dina Paula é coordenadora pedagógica do Centro de Apoio Social do Bom Sucesso e Arcena. Começou a trabalhar a tempo parcial numa loja e num videoclube, mas a sua grande paixão sempre foi as crianças. Conseguiu encontrar o seu emprego de sonho na principal instituição social do concelho de Vila Franca de Xira, onde é coordenadora desde 2004. Diz que para qualquer trabalho é preciso empenho e elege a transparência como um dos valores fundamentais que se deve ter na vida profissional.
Credibilidade, confiança e transparência são os valores fundamentais que se deve ter no trabalho que se desenvolve. A opinião é de Dina Paula, coordenadora pedagógica do Centro de Apoio Social do Bom Sucesso e Arcena (CASBA), concelho de Vila Franca de Xira. É uma mulher que consegue fazer o que gosta todos os dias e por isso admite que nem sempre encara o que faz como uma obrigação.
“Trabalhar com crianças é muito gratificante e é algo que sempre sonhei fazer. Mas é um trabalho de que se tem que gostar. É daqueles trabalhos em que ninguém pode fazer o jeitinho, picar o cartão e ir embora. É um privilégio ajudar estas crianças a crescer e ver o sorriso dos pais”, conta. Para Dina, a transparência deve ser o valor fundamental em tudo o que se faz. “Connosco os pais sabem que podem contar, não há barreiras, têm acesso às salas, se necessário, em qualquer hora do dia. Empenhamo-nos todos os dias para oferecer um trabalho de excelência aos nossos utentes”, refere.
A prova do bom trabalho do CASBA e de toda a sua equipa tem sido reconhecido pelas centenas de utentes que serve diariamente e a instituição tem crescido e alargado a sua rede de serviços, fruto de uma gestão cuidada. Actualmente apresenta uma oferta ligada às crianças e jovens – com creche, pré-escolar e actividades de tempos livres – apoio a idosos com centro de dia e apoio domiciliário, cantina social, banco alimentar e jardim observado. Dina, 44 anos, nasceu e vive no Bom Sucesso, bairro da cidade de Alverca. Aos três anos foi também utente do CASBA.
“Cresci nesta casa e mais tarde comecei como voluntária a acompanhar os meninos à praia. Como sempre tive essa relação com a instituição surgiu mais tarde o convite para ficar, na altura, como vigilante, que era o nome que se dava às auxiliares de acção educativa. Estou cá desde 1994”, recorda. Antes do emprego no CASBA ainda teve dois pequenos trabalhos em part-time: um numa loja durante o período do Natal e aos fins-de-semana num videoclube. “Apesar de ter estado no videoclube não tenho propriamente um filme favorito. Gosto de um bom filme de acção ou ficção científica. O que não gosto é de filmes de terror”, conta. A responsável licenciou-se mais tarde como educadora de infância e é coordenadora da instituição desde 2004.
“Todos os dias são diferentes. O meu trabalho consiste em fazer uma gestão de tudo o que é inerente à pedagogia, salas, organização de recursos humanos, cuidar de todos os procedimentos, projectos educativos e pedagógicos, entre outros. Há uma série de situações inerentes às salas que dá muito trabalho e é preciso empenho e gostar muito do que se faz”, explica.
Dina gosta de conhecer o processo de cada criança individualmente. “É desafiante mas muito gratificante no final do dia ver o sorriso dos pais. Não consigo dissociar a vida profissional da minha vida de mãe e esposa mas tenho um bom apoio da família. Eles são os primeiros mas os meus meninos sabem que também podem contar comigo. A Dina é igual em casa e no trabalho, embora às vezes me acusem de viver mais para o trabalho do que para a família”, diz com um sorriso.