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Bailarino de Santarém apresenta peça sobre redes sociais para fazer as pessoas pensar
Nuno Labau é um dos rostos da nova peça sobre os impactos das redes sociais

Bailarino de Santarém apresenta peça sobre redes sociais para fazer as pessoas pensar

A peça estreia em Setembro em Lisboa e vai subir ao palco em Santarém no mês de Dezembro. Além do coreógrafo, a produtora Joana Casaca, e o responsável pelo arranjo musical, João Casaca, são todos ribatejanos.

Step 2 Duplicate é o nome da peça de dança contemporânea que está a ser coreografada pelo bailarino de Santarém, Nuno Labau, numa co-produção com o Teatro Sá da Bandeira (TSB). Este novo trabalho insere-se no projecto Santarém Cultura e integra vários profissionais de Santarém, nomeadamente a produtora, Joana Casaca, e o responsável pelo arranjo musical da peça, João Casaca, que é membro da banda ribatejana Vulture. A peça estreia-se em Lisboa nos dias 27, 28 e 29 de Setembro, mas já tem apresentação prevista para Santarém, na primeira semana de Dezembro.
A tónica principal desta performance reflecte sobre o impacto que as redes sociais podem ter nas interacções enquanto seres humanos na vida offline. “Partimos quase para uma segregação do ego, que nos coloca em caixas, aceitáveis socialmente, mas que acabam por nos dividir”, explica Nuno Labau. “Confusão identitária” é assim que o jovem define como fica a humanidade depois de uma utilização excessiva das redes sociais.
Para o coreógrafo este é um tema que o preocupa e chega mesmo a incomodá-lo. “Hoje em dia é tudo plástico, tudo é efémero e nada é sentido profundamente e a peça é exactamente sobre isso”, enquadra. O objectivo da peça é que o público vá para casa pensar. No palco vão estar cinco personagens, quatro ligados à dança e ao circo e um actor. “A ideia é formar uma equipa que pudesse trazer experiências e abordagens diferentes para o mesmo tema. Está a ser um desafio, pois todos têm uma visão diferente”, explica o coreógrafo.
A peça é financiada em sete mil e quinhentos euros pela Fundação Gestão dos Direitos dos Artistas (GDA), o que é uma ajuda importante, mas não é suficiente para o orçamento de quarenta mil euros. Por isso a organização está à procura de mais fontes de financiamento.
Nuno Labau tem 33 anos e é natural da Romeira. Passou uma temporada em Lisboa onde frequentou a Escola Profissional de Artes e Ofícios do Espectáculo - Chapitô e em 2012 formou-se como bailarino profissional. Esta não é a primeira vez que vem aos palcos escalabitanos apresentar uma criação. Em 2016 estreou em Santarém a peça Violência das Coisas Insensíveis, que pretende repor em cena, mas desta vez só com bailarinos ribatejanos.
Nuno Labau deixou Lisboa e regressou a “casa”. Tem dado aulas de Dança Contemporânea no Conservatório de Música de Santarém, trabalhando com alunos entre os oito e os 40 anos. Apesar de sentir que de há uns anos para cá as mentalidades começaram a mudar, muito graças às camadas mais jovens, a verdade é que ainda sente que não é fácil para um pai deixar um filho nas aulas de ballet. Um estigma que pretende contrariar.

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