O presidente da Câmara Municipal de Almeirim atirou-se à GNR nas redes sociais porque andam a multar os tractores de tomate nas estradas da região por infracções que, aparentemente, considerou menores, como o facto de circularem com as matrículas tapadas por sujidade acumulada resultante da actividade agrícola e dos locais onde operam. Entendo perfeitamente a posição a quente do autarca quando fala em excesso de zelo ou em caça à multa por parte das autoridades, porque a vida custa a todos e os produtores de tomate não serão propriamente das classes mais abonadas do país.
Mas também há que analisar outro lado da questão: as autoridades de fiscalização rodoviária têm que fazer o seu trabalho, mesmo que muitas vezes se possa ficar com a sensação que a sua actuação não prima pela pedagogia. Além disso, ninguém pode invocar como atenuante o desconhecimento da lei ou das obrigações a que está sujeito para garantir uma circulação em segurança, a si e a terceiros. Se os motoristas verificarem o estado das matrículas dos tractores antes de se porem ao caminho evitam transtornos e multas desnecessárias. E limpar as chapas das matrículas não custa nada!
José C. Reis