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Central a carvão do Pego fecha mas vai ser adaptada para continuar a produzir energia
Central do Pego, em Abrantes, tem encerramento previsto para 2022

Central a carvão do Pego fecha mas vai ser adaptada para continuar a produzir energia

Ministro do Ambiente considera fundamental aproveitar uma parte expressiva das infra-estruturas existentes e critica deputados do PSD que se manifestaram preocupados com os impactos na economia local do encerramento da central a carvão, em 2022.

O ministro da Ambiente diz que é “fundamental aproveitar uma parte muito expressiva” das infra-estruturas da central termoelétrica do Pego, em Abrantes, e criticou o PSD por ter colocado em causa o seu encerramento em 2022.
“Caiu a máscara ao PSD”, disse João Matos Fernandes no dia 4 de Setembro em Abrantes, para quem aquele partido, ao perguntar se o Governo pondera rever a decisão de não renovar/prolongar a licença para lá de 2022 à central do Pego, “deu um passo para que, afinal, a sociedade portuguesa não se descarbonize e para que Portugal não seja neutro em carbono em 2050”.
Os deputados eleitos pelo PSD no distrito de Santarém entregaram no dia 3 de Setembro no Parlamento um documento ao ministro do Ambiente e da Transição Energética questionando se o anúncio do encerramento da central termoelétrica do Pego, em 2022, se baseou em “algum estudo ambiental e económico”, se o Governo tem um “plano para mitigar os impactos da decisão” e se pondera “rever a decisão de não renovar/prolongar a licença para lá de 2022”, entre outras questões.
“As duas centrais a carvão em Portugal [Pego e Sines] vão ser encerradas”, reiterou João Matos Fernandes, tendo feito notar que, “ao serem encerradas, [sê-lo-ão] num movimento de transição justo, que tem necessariamente de ter um acompanhamento sociolaboral e socioprofissional para que todos os trabalhadores venham a ser integrados”.
Tendo sublinhado que “a central do Pego é uma central privada”, o ministro do Ambiente e da Transição Energética afirmou, no entanto, ser “absolutamente fundamental aproveitar o território e uma parte muito expressiva das infra-estruturas que existem no Pego”. O objectivo, notou, visa continuar a ter “um backup de energia, num país que em 2030 já vai ter 80% da sua eletricidade a partir de fontes renováveis”.
João Matos Fernandes adiantou que “os donos da central do Pego têm um projecto, no qual o emprego é globalmente mantido”, tendo referido ainda que, “com pequenas alterações, são capazes de ter essa mesma central [a laborar] a partir de formas de produção de electricidade que não envolvem combustíveis fósseis”.
A resposta do governante já teve reações do PSD, tendo o deputado Duarte Marques afirmado que, “apesar das críticas do ministro, a verdade é que as questões colocadas permitiram que o ministro revelasse o plano que existe para a central do Pego”, tendo manifestado a sua “satisfação por saber que a central pode ficar como recurso energético”.

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