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Materiais Diversos ficou sem palcos devido à pandemia
Elisabete Paiva, directora artística da Materiais Diversos

Materiais Diversos ficou sem palcos devido à pandemia

Associação nascida em Alcanena está a passar por momentos difíceis e diz que algumas entidades públicas demoram a assumir compromissos já firmados.

A demora na resposta de alguns municípios e entidades culturais sobre espectáculos suspensos devido à Covid-19 está a criar um “grave problema” no pagamento a equipas e artistas que dependem de estruturas como a associação Materiais Diversos. Mas nos casos de Alcanena e Cartaxo, onde decorre o programa regular da Materiais Diversos, a situação é diferente, porque existe “um apoio sustentado da Direcção-Geral das Artes (DGA)”, que reagiu “rapidamente”, mantendo as transferências, disse a directora artística da Materiais Diversos.
Elisabete Paiva disse à Lusa que a situação mais crítica prende-se com a dificuldade de diálogo e de obter respostas de entidades municipais – câmaras, espaços culturais e uma comunidade intermunicipal – que haviam adquirido espectáculos de projectos associados. Apesar de ter passado mais de um mês desde que começou a ser cancelado o agendamento de espectáculos, mantém-se a dificuldade em “obter respostas por parte dos teatros e centros culturais e municípios sobre o que pretendem fazer relativamente aos espectáculos cancelados”.
“Para nós esse tem sido um problema grave, porque temos equipas de artistas a nosso cargo que dependem dos honorários que viriam a auferir na apresentação desses espectáculos. Não tendo respostas claras das estruturas que tinham esses espectáculos comprados, mas que ainda não tinham efectuado pagamento, não temos capacidade de tesouraria para pagar às equipas”, declarou Elisabete Paiva.
Sendo todas instituições públicas, a directora artística da Materiais Diversos lembra que em Março foi criada legislação extraordinária para que este tipo de compromissos seja assumido. No caso da Materiais Diversos, estão em causa cinco eventos que envolvem três equipas diferentes, num total de cerca de 20 pessoas. Estas pessoas “precisam sobreviver e pagar as suas contas agora e não em 2021 ou daqui a seis meses”, afirmou.
Elisabete Paiva lamentou ainda que, em vez de respostas claras, estas entidades apresentam “respostas evasivas ou unilaterais”, dizendo que optam pelo reagendamento, nalguns casos definindo novas datas unilateralmente, sem terem em conta a agenda das equipas, que “trabalham a projecto”, estando “comprometidas por várias vias e ao mesmo tempo estão suspensas por todas elas”.
“Neste momento, temos em perspectiva reagendar todos os eventos do programa regular. Há uma parte que está concentrada nos meses de Verão – Julho, Agosto e Setembro – e só há uma actividade pensada para passar para 2021”, disse.

Materiais Diversos ficou sem palcos devido à pandemia

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