Mesmo neste período de estado de emergência a Borrego Leonor e Irmão S.A. orgulha-se de manter as suas três lojas completamente operacionais e a funcionar no horário de trabalho habitual. No entanto, por uma questão de precaução e segurança, a empresa adoptou um sistema de rotação de funcionários que é efectuada de 15 em 15 dias, e de teletrabalho para funções em que tal é possível. A informação foi dada a O MIRANTE pela administradora da empresa, Paula Borrego.
Inserida no sector agrícola, considerado pelo Estado como um dos sectores essenciais para o país, era obrigatório que a empresa se mantivesse em funcionamento e por isso, desde o início, foram adoptadas inúmeras medidas de segurança.
Os funcionários estão a trabalhar respeitando as distâncias de segurança recomendadas e utilizam luvas, máscaras e viseiras de protecção. Foram colocadas protecções acrílicas nos balcões e desinfectantes de mãos e só está autorizada a permanência de um cliente na loja, sendo que a seguir a este sair todo o espaço é limpo e correctamente desinfectado.
Também foram adoptadas medidas de segurança na entrega de encomendas evitando ao máximo qualquer contacto físico dos trabalhadores com os fornecedores e clientes. Os motoristas também usam luvas e máscara e transportam sempre consigo desinfectante de mãos e de superfícies para usarem frequentemente.
Apesar do esforço que está a ser feito, a administradora, Paula Borrego, chama a atenção para alguns factores que podem afectar o sector agrícola. " (...) sentimo-nos muito orgulhosos, não só dos nossos clientes, mas de todos os agricultores portugueses que, mais uma vez, e apesar de todas as adversidades, continuam a desenvolver e a cuidar das suas culturas com toda a dedicação. No entanto, sente-se a falta de pessoal para trabalhar no campo, pois este era maioritariamente constituído por estrangeiros", refere, acrescentando que também se estão a registar algumas falhas devido a dificuldades dos fornecedores, dando o exemplo das máscaras e fatos de protecção individual que, para além de terem atingido preços absurdos, estão esgotados.
"Se esta situação se mantiver assim, globalmente, receio que no futuro os nossos agricultores poderão vir a enfrentar dificuldades para encontrar o que necessitam para as suas culturas. Mas nós, por enquanto, estamos a ter capacidade de resposta e continuamos a satisfazer os pedidos dos nossos clientes", sublinha.
A gestora não poupa elogios àqueles que melhor conhece por com eles lidar diariamente. "Gostaria de agradecer a todos os agricultores por todo o seu trabalho árduo e empenho e que, mais uma vez, face a todas as adversidades, continuaram a desenvolver para alimentarem o nosso país”.