Uma empresa de mobiliário urbano com sede em Benavente foi multada pela GNR por fazer descargas ilegais de resíduos de obras num terreno em Vila Nova da Rainha, concelho de Azambuja.
A GNR levou a cabo uma investigação após ter recebido várias denúncias de populares e da Junta de Freguesia de Vila Nova da Rainha. Também a associação ambientalista Zero já tinha informado o Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR sobre as descargas ilegais de entulho no local, inclusive do abandono de resíduos de construção e demolição contendo amianto, material potencialmente cancerígeno.
Segundo fonte oficial da GNR, o auto de contra-ordenação instaurado foi enviado para a Inspecção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e Ordenamento do Território, onde se encontra em fase de instrução. A empresa, explica a mesma fonte, incorre numa contra-ordenação punível com coima que pode ir dos 10 mil euros a cinco milhões de euros.

Descargas à margem da lei continuam
As descargas ilegais de entulho continuam a acontecer um pouco por todo o concelho de Azambuja. Nas últimas semanas a Câmara de Azambuja retirou mobiliário abandonado de um terreno na freguesia de Vale do Paraíso, revela a O MIRANTE o vereador com o pelouro do Ambiente Silvino Lúcio. Antes, tal como O MIRANTE deu nota, o município já tinha limpo outro terreno próximo do cruzamento da Guarita, na Estrada Nacional 3, de onde retirou três camiões de entulho.
Este crime ambiental “tem de continuar a ser combatido com todas as armas e a câmara municipal tem agido nesse sentido”, sublinha Silvino Lúcio. As pessoas que queiram livrar-se deste tipo de resíduos “podem combinar com a Eco Ambiente - a empresa responsável pela recolha de resíduos em Azambuja - para fazer o levantamento do entulho”, explica, lamentando que muitos, e com “demasiada regularidade”, continuem a “preferir fazê-lo ilegalmente e pela calada da noite”.