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Voluntárias produzem máscaras para oferecer à comunidade
Susana Santos, costureira de profissão, já doou mais de 600 máscaras a IPSS de Azambuja e Cartaxo

Voluntárias produzem máscaras para oferecer à comunidade

Costureiras voluntárias produzem máscaras reutilizáveis em tecido que distribuem por instituições de solidariedade em Azambuja, Cartaxo, Benavente e Salvaterra de Magos.

Entre tecidos doados, linhas, uma máquina de costura e muita vontade de ajudar, Susana Santos entrou voluntariamente na batalha contra a propagação do novo coronavírus. A costureira de profissão, agora em paragem forçada por causa da pandemia, já produziu mais de seis centenas de máscaras em tecido para fazer face às necessidades de instituições que acolhem crianças e idosos no Cartaxo e em Azambuja.
Assim que surgiram os primeiros casos de Covid-19 em Portugal - e numa altura em que a Direcção-Geral de Saúde (DGS) ainda não reconhecia utilidade às máscaras não cirúrgicas em contexto social - Susana Santos decidiu deitar mãos à costura. Para a costureira foi a melhor decisão que podia ter tomado em tempos de pandemia. “Ser útil, saber que estou a dar do meu tempo, agora mais livre, para ajudar os outros tem-me enriquecido muito”, afirma.
Natural de Aveiras de Cima, a viver na Lapa, no concelho vizinho do Cartaxo, Susana Santos leva já um mês de costura diária e garante que as mãos não conhecem cansaço. O trabalho começa logo pela manhã. Vai para o seu ateliê improvisado a um canto da sala de estar e, entre as tarefas de casa e a ajuda que dá aos dois filhos nos trabalhos da escola, produz uma máscara a cada oito minutos. Quase todas diferentes, até porque são feitas com retalhos de tecidos doados. As máscaras são laváveis e reutilizáveis.
A costureira já perdeu a conta ao número de encomendas que entregou. Os pedidos chegam-lhe diariamente e são anotados por ordem de chegada em folhas que estende em cima da mesa de trabalho. Para esta actividade voluntária têm contribuído dezenas de pessoas que respondem aos apelos lançados por Susana Santos nas redes sociais, com doações em numerário ou matéria-prima. Pelas máscaras que distribui cobra zero. “Nem era capaz de o fazer”, diz, explicando que se trata de um trabalho solidário.
Antes da pandemia trabalhava a recibos verdes num ateliê de costura em Aveiras de Cima. Agora é esta missão que a ajuda a não esmorecer em tempos de crise e incerteza no campo profissional. “Se dantes olhávamos mais para o nosso umbigo, agora é tempo de olharmos para os outros. Que esta pandemia traga mais valores e vontade de ajudar quem precisa de nós”, deseja.

Costureiras de Benavente juntam-se à missão
As costureiras da Universidade Sénior de Benavente também decidiram juntar-se a esta onda solidária. Em menos de um mês já produziram cinco mil máscaras que têm sido entregues em lares de idosos dos concelhos de Benavente e Salvaterra de Magos e em instituições de solidariedade que acolhem idosos, cidadãos portadores de deficiência e doentes crónicos.
São seis voluntárias com gosto pela costura e um espírito de missão que começou muito antes da pandemia, quando há cerca de dois anos se juntaram ao projecto Dress a Girl Around the World, que tem como principal missão vestir crianças desfavorecidas em qualquer país do mundo.
As voluntárias, coordenadas por Laura Leal, confeccionam as máscaras na própria casa, não fosse a maior parte reformada e do grupo de risco desta pandemia. Os tecidos são todos doados, assim como as máscaras sociais, apesar de haver quem as queria pagar.

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