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O associativismo está-lhe no sangue
Marcelino Talhão pondera candidatar-se a um último mandato como presidente da direcção dos Bombeiros de Pernes

O associativismo está-lhe no sangue

Marcelino Talhão, 54 anos, é presidente dos Bombeiros de Pernes desde 2014. Engenheiro mecânico de profissão está na vida associativa por amor à camisola e na mecânica por paixão. Gosta de viagens, de auto-caravanismo e de música, tendo chegado a frequentar a escola do maestro José Santos Rosa.

Marcelino Talhão nasceu em França, país onde os pais estiveram emigrados durante cerca de uma década. O pai dedicou-se à construção civil e formou, em sociedade, uma empresa de construção em França. Quando regressou, em finais de 1973, criou em Pernes, concelho de Santarém, uma empresa de construção civil, ultimamente conhecida como Júlio Silva Talhão & Filhos Lda.
Marcelino acompanhou o pai na empresa, ajudando, tal como o irmão, sempre que tinham tempo disponível. Tudo parecia encaminhar-se para que os estudos prosseguissem na área da engenharia civil. No entanto, e apesar de ser um aluno “razoavelmente bom”, faltaram-lhe três décimas para ingressar no curso tendo acabado por optar por engenharia mecânica, no Instituto Superior de Engenharia de Lisboa.
“Felizmente que assim foi pois a mecânica sempre foi uma paixão de infância”, conta-nos Marcelino, confessando que em criança gostava de desmontar todos os brinquedos para ver como funcionavam e, mais tarde, os electrodomésticos de casa, “mesmo sem estarem avariados”.
Foi uma infância “normal” onde a instrução primária começou ainda em França. No regresso a Portugal, a Arneiro das Milhariças, com oito anos, o domínio da língua portuguesa não era o melhor e voltou para a primeira classe, mas rapidamente superou as dificuldades e recuperou o ano que regrediu. Em 1975 a família mudou-se para Pernes onde acabou por fazer a 4ª classe e telescola. O segundo ciclo foi feito na então recém-inaugurada C+S de Pernes, actualmente EB2.3 D. Manuel I, completando o secundário já em Santarém.
A entrada para a universidade aconteceu em 1984. Foi também por essa altura que começou a acompanhar o irmão nos ensaios do seu grupo de baile (no então Contra-Ponto) e como autodidacta começou a manifestar o gosto pela música. Frequentou mais tarde a escola de música criada em Pernes pelo maestro José Santos Rosa, no início dos anos 80. Fez parte de todas as experiências por ele criadas (banda de música, orquestras infantis e juvenis, grupo coral, e a ainda existente Orquestra Santos Rosa, actualmente dirigida pelo filho do maestro, Pedro Santos Rosa). A música tornou-se assim o seu maior passatempo a juntar ao gosto pelas viagens e pelo autocaravanismo.
Quando terminou o bacharelato em engenharia, em 1987, concorreu ao ensino e leccionou Matemática na Escola Secundária Sá da Bandeira, em Santarém. Depois de cumprir o serviço militar obrigatório voltou à escola, mas para aprender. No início dos anos 90 as novas tecnologias e a formação estavam no auge e Marcelino não quis perder o comboio. Ingressou no Centro de Formação Profissional da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica – CENFIM, em Lisboa, onde se fez formador.
Em 1992 integrou a Tornearte Lda., empresa na área das madeiras, como director de produção. A empresa foi extinta em finais de 2008 e poucos meses depois entrou na Scalabisport, actual Viver Santarém, como técnico superior de manutenção, cargo que continua a exercer. O associativismo também está no seu ADN. O pai foi tesoureiro da direcção dos Bombeiros de Pernes e Marcelino chegou à associação em 2007 e à presidência da direcção da mesma em 2014.
A assembleia prevista para Março para votação das contas do ano de 2019, que seria também uma assembleia eleitoral, não chegou a ser convocada. Face à pandemia originada pelo novo coronavirus a convocação ficou adiada para ser realizada até 30 de Junho. O objectivo era terminar a sua “missão” no final deste mandato. “No entanto não tendo surgido qualquer lista candidata, e por alguma pressão dos restantes elementos e órgãos sociais, pensarei em me apresentar a um novo e último mandato”, refere a O MIRANTE.

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