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Autarquia chega-se à frente e assume obras no mercado de Alhandra
Mercado de Alhandra há muito que precisa de obras urgentes de conservação e melhoria

Autarquia chega-se à frente e assume obras no mercado de Alhandra

Câmara de Vila Franca de Xira vai relocalizar temporariamente os vendedores para que os trabalhos possam avançar no espaço, arrendado pelo município à Misericórdia de Alhandra.

O mercado de Alhandra vai receber obras de conservação e manutenção e a zona da peixaria será a primeira a ser contemplada. A informação foi avançada numa das últimas reuniões públicas de câmara pelo presidente do município de Vila Franca de Xira, Alberto Mesquita.
A realização de obras naquele mercado é uma reivindicação antiga dos comerciantes, autarcas e população da vila de Alhandra, que há muito se queixam do estado de degradação do mercado. A câmara já tinha assumido o compromisso com os vendedores de entre 2019 e o final de 2020 avançar com obras de melhoria do espaço, arrendado pelo município à Misericórdia de Alhandra.
O edifício onde funciona o mercado, recorde-se, é da Associação do Hospital Civil e Misericórdia de Alhandra. Alberto Mesquita está ciente dos riscos de usar dinheiro público para recuperar um edifício que não lhe pertence e tem defendido uma compensação da Misericórdia nos quase 30 mil euros pagos anualmente de renda pela câmara para usar aquele espaço.
“Temos de acautelar o interesse da câmara. Não me parece que as relações de décadas que temos com a Misericórdia venham a sofrer problemas, mas temos de acautelar o futuro e ele passa pela aquisição do espaço e é nisso que vamos trabalhar”, informou o autarca recentemente, adiantando que as obras vão começar pela zona de venda de peixe. “Não será uma coisa simples mas pensamos avançar com as obras ainda este ano”, explicou Alberto Mesquita. Para que os trabalhos possam ser concretizados os vendedores terão de ser temporariamente transferidos para outro local. Uma situação complexa que ainda terá de ser analisada.
A intervenção prioritária é a substituição da cobertura do edifício, que deixa entrar água da chuva em alguns locais e ainda é de fibrocimento, um material contendo amianto, uma substância cancerígena. O MIRANTE já tinha dado nota do desabafo de alguns comerciantes e moradores daquela vila face à crescente degradação do espaço. Dizem que é preciso um piso novo, pintura das paredes, melhor iluminação, novas bancadas e, sobretudo, que sejam reparados os problemas no telhado. O espaço tem perto de uma dezena de comerciantes, entre vendedores de fruta, peixe e legumes.

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