As corporações de bombeiros do concelho de Vila Franca de Xira vão receber um pacote extraordinário de ajudas financeiras do município no valor de 391.540 euros. É um balão de oxigénio financeiro para as corporações num momento de queda acentuada dos serviços de transporte e urgências, algumas das quais já sem capacidade de tesouraria para pagar os vencimentos no início de Maio.
Desde o início do confinamento social que as principais fontes de receita dos bombeiros, como o transporte de doentes para consultas e fisioterapia, bem como as saídas de urgência, caíram a pique, levando ao surgimento das dificuldades financeiras.
A proposta foi apresentada na reunião de câmara de 29 de Abril pelo presidente do executivo, Alberto Mesquita, e ainda terá de ser rectificada na próxima sessão com a apresentação de uma nova proposta. Depois de um ofício subscrito por todas as corporações enviado ao município, dando conta da quebra acentuada de receitas e da dificuldade das direcções em cumprirem com as despesas do mês, o município chegou-se à frente com uma injecção de capital dividida em várias áreas.
A proposta prevê um aumento de 15 mil euros no apoio dado à corporação de Alhandra, que este ano ia organizar as comemorações do Dia Municipal do Bombeiro, passando a receber 55 mil euros para compra de uma nova ambulância. As celebrações, já se sabe, não irão acontecer mas Mesquita quis manter a tradição anual de oferecer uma ambulância à corporação que recebia as celebrações.
Outra das decisões tomadas implica a equiparação dos rendimentos dos elementos das Equipas de Intervenção Permanente (EIP) com os membros dos Grupos de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS). O compromisso inicial era fazê-lo a partir de Junho deste ano mas a medida passa para Janeiro do próximo ano, custando à câmara 125 mil euros. Ao mesmo tempo o município vai investir 101.500 euros para colocar sete novos elementos nas EIP: três em Vialonga e dois em cada uma das corporações de Alhandra e Castanheira do Ribatejo.
Por fim, o município vai entregar um cheque de 150 mil euros de apoio financeiro extraordinário às corporações, que irão decidir entre si a quem caberá cada fatia do valor para aliviar a tesouraria. “Os bombeiros estão na primeira linha da luta contra esta pandemia e por isso faz todo o sentido esta ajuda”, frisou Alberto Mesquita.