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Trabalhadores das obras no Cartaxo  não respeitaram o luto de uma família
Rui Bernardo queria despedir-se do pai com alguns minutos de silêncio

Trabalhadores das obras no Cartaxo  não respeitaram o luto de uma família

Munícipe do Cartaxo indignado com o ruído das obras junto à casa mortuária do Cartaxo

Rui Bernardo, de 39 anos, está indignado por ter sido obrigado, na última semana, a despedir-se do pai quando decorriam as obras de requalificação urbana, contratadas pelo município, junto à casa mortuária do Cartaxo. O designer gráfico conta a O MIRANTE que mal a carrinha funerária chegou com o corpo do pai, na tarde de 20 de Abril, a família pediu aos trabalhadores das obras para que parassem durante o tempo em que se realizava uma pequena cerimónia dentro da igreja. No entanto ninguém respeitou o pedido.
“Já não faltava não podermos velar o corpo e fazer um funeral digno devido à situação da pandemia de Covid-19. Foi como se estivessem a gozar com a nossa cara”, diz Rui Bernardo. O residente no Cartaxo adianta que o barulho era de tal forma ensurdecedor que a mãe mal conseguiu ouvir o que o padre dizia. Na altura, explica, ainda se pensou fechar a porta e as janelas para abafar o barulho, mas o pó era tanto que foi impossível fazê-lo.
“Foi uma falta de respeito. Eles sabiam que estávamos ali e faziam cada vez pior”, desabafa o filho do falecido, lembrando que quando terminou a cerimónia, a irmã ainda se dirigiu a um técnico municipal que ali se encontrava, que acabou por lamentar e pedir-lhe desculpas de toda a situação. “Ainda vieram com a conversa que as obras têm prazos para cumprir, mas custava terem parado um pouco?”, questiona Rui Bernardo revoltado.

Trabalhadores das obras no Cartaxo  não respeitaram o luto de uma família

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