uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante
“Temos que saber dosear a vida para não ser só trabalho”
foto DR Sandra Azenha considera Rio Maior uma cidade com boas infra-estruturas e perto de tudo

“Temos que saber dosear a vida para não ser só trabalho”

Sandra Isabel Lopes Azenha, 47 anos, é solicitadora e trabalha em nome individual em Rio Maior. É natural de Santarém e licenciada em solicitadoria. Em criança queria ser educadora de infância mas o gosto “pelos papéis” mudou-lhe o rumo da vida.

Sempre gostei de papéis e quando acabei o ensino secundário comecei a procurar trabalho como administrativa. Ainda trabalhei num stand de automóveis e o meu segundo emprego foi num escritório de solicitadoria. Foi aí que tomei o gosto pela profissão e nunca mais parei.
Em miúda queria ser educadora de infância. No entanto, adoro o que faço e não me via a fazer outra coisa. Tirei a licenciatura e ao todo já lá vão 23 anos.
É uma profissão bastante desafiante pois não existem dois processos iguais. Isso obriga a estar em constante atualização seja a nível de tramitação processual seja a nível de leis. É uma área muito exigente. Trabalhamos sempre a um ritmo elevado pois existem prazos a cumprir e processos a resolver. Mas faz parte do trabalho e a recompensa vem quando os clientes nos reconhecem como bons profissionais e nos recomendam a outros.
Honestidade, seriedade e dedicação são as características que um solicitador tem que ter. Para nos procurarem é porque precisam de ajuda em questões muitas vezes complexas para o comum do cidadão. Temos que ser muito sérios para conseguir ter uma carteira de clientes que nos procure porque somos credíveis.
Gosto muito de Rio Maior, é uma cidade em que quase todas as pessoas se conhecem. O que, na minha opinião, é muito positivo. É uma cidade com boas infra-estruturas e serviços e uma localização geográfica muito boa. Estamos perto de tudo. Infelizmente ainda enfrenta o reflexo da última crise financeira. Penso que os problemas que esta cidade tem serão os mesmos que a maioria das cidades do país enfrentam, nomeadamente nos sectores da construção e transportes, sectores estes que têm muito peso na economia de uma cidade. Ainda assim, acho que tem superado alguns constrangimentos muito bem.
Sou filha de um motorista de pesados e de uma mãe doméstica. Quando nasci os meus pais moravam na Freiria e vivi lá até aos nove anos. Depois os meus pais construíram uma casa em Arruda dos Pisões, terra natal da minha mãe, e mud]amo-nos para lá onde vivi até à idade adulta.
A minha infância foi vivida com muitos amigos, brincadeira e alegria. Recordo uma infância livre e sem medos. Resido actualmente na Asseiceira, mas tive uma infância muito feliz entre a Freiria e Arruda dos Pisões.
A área da solicitadoria está a ser muito afectada com a pandemia de Covid-19. Um solicitador trabalha com o público e neste momento devemos manter o distanciamento social. Tenho que recorrer diariamente a serviços de finanças e conservatórias que, por sua vez e ao abrigo do estado de emergência, encerraram portas. Com todas estas limitações, e por achar que é um dever meu, no dia 13 de Março fechei o escritório e fui para casa.
Gosto muito de ler e de estar com os meus amigos para esquecer o trabalho e ter uma vida social activa. Temos que saber dosear a vida. Não pode ser só trabalho. Embora trabalhe em nome individual, o que significa que quanto mais produzo mais rentabilizo a minha empresa, também temos que saber desligar e passar tempo com a família e amigos.
Não pratico desporto como deveria. Sempre que posso gosto de caminhadas e passeios de bicicleta. No que respeita a férias gosto muito de conhecer Portugal. No entanto, costumo fazer férias no país e fora, pois também gosto de conhecer outras culturas.
Viajo normalmente uma vez por ano. O último país que visitei foi Cabo Verde (Ilha do Sal) e em Portugal foi a cidade do Porto. Gosto muito de música, além de companhia ajuda-nos a recarregar baterias. Costumo ouvir preferencialmente música dos anos 80/90. Adoro ler, é um meio que ajuda a viajar sem sair do mesmo sítio. “A Rapariga Nova”, de Daniel Silva, foi o último livro que li. Também gosto de ir ao cinema, embora não vá muito. O último filme que vi foi “Frozen – 2 O Reino do Gelo”, em que fui arrastada pelos meus sobrinhos.

“Temos que saber dosear a vida para não ser só trabalho”

Mais Notícias

    A carregar...

    Capas

    Assine O MIRANTE e receba o Jornal em casa
    Clique para fazer o pedido