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Moradores de Areolas queixam-se da falta de pressão da água
Há vários anos que os habitantes de Areolas, concelho da Chamusca, se queixam do deficiente funcionamento da rede de abastecimento de água por parte da Águas do Ribatejo

Moradores de Areolas queixam-se da falta de pressão da água

O funcionamento da rede de abastecimento de água em Areolas, Chamusca, tem motivado queixas constantes da população. A falta de pressão impossibilita muitas vezes as pessoas de tomarem banho ou regarem os seus quintais. A empresa Águas do Ribatejo sabe do problema mas tarda em resolvê-lo.

Os cerca de 50 habitantes que vivem em Areolas, um lugar da freguesia do Pinheiro Grande, concelho da Chamusca, queixam-se há vários anos do deficiente funcionamento da rede de abastecimento de água. A empresa intermunicipal Águas do Ribatejo, que gere os sistemas de abastecimento de água e saneamento de sete municípios da Lezíria do Tejo, tem sido alertada para a situação mas até agora não resolveu o problema.
Em causa está a fraca pressão da água que impede que as pessoas realizem as rotinas diárias. Um bom exemplo disso é o de Floripes Carlos, que tem de aquecer água numa chaleira para poder tomar banho de água quente. Como a água não tem pressão, o esquentador não liga e a água sai fria, explica. Joaquim Pedro vive uma situação idêntica. “São muito poucos os dias em que não tomo banho de água fria. No Verão ainda se aguenta, agora de Inverno é uma tortura”, afirma.
O MIRANTE esteve em Areolas na sexta-feira, 5 de Junho, e falou com quatro habitantes que deram alguns exemplos da situação incómoda que vivem. Raul e Rosa Nunes moram numa vivenda na parte alta da localidade e dizem que não compreendem como é que as entidades competentes já foram avisadas tantas vezes e continuam a assobiar para o lado. “Todos os dias ligo para a Águas do Ribatejo. Às vezes mandam lá o piquete, conhece o problema, vai-se embora e fica tudo na mesma”, conta Raul Nunes.
Isto é quando as coisas correm bem, porque a maior parte das vezes a empresa não envia ninguém ou nem sequer atende o telefonema. “Já liguei tantas vezes que devem ter o meu número gravado. Quando ligo em anónimo atendem-me logo”, afirma. Os problemas com a pressão da água agravam-se no Verão porque há um aumento do consumo. Como grande parte da população é idosa as queixas à entidade não ultrapassam as duas dezenas porque já existe uma habituação à realidade, contam.
Enquanto mostra ao repórter como é que fazem para regar as árvores, o casal, que tem dois filhos, desabafa sobre a situação que mais os indigna. “Somos quatro a viver cá em casa. Temos duas casas-de-banho mas não podemos estar dois ao mesmo tempo a tomar banho. Muitas vezes atraso-me para o trabalho porque tenho de esperar que o meu marido se despache primeiro”, conta Rosa Nunes.
Raul Nunes diz que já alertou a junta de freguesia para a situação mas também se mostraram pouco preocupados com o assunto. “Só queremos estar confortáveis no nosso lar. Pagamos para ter um serviço de qualidade e nem sequer usufruímos dele”, conclui.
O MIRANTE contactou a Águas do Ribatejo que não deu resposta ao pedido de esclarecimentos até ao fecho desta edição, na manhã de terça-feira, 9 de Junho.

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