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Ocupações ilegais em Santarém resolvidas sem necessidade de recurso à força
Família desocupou prédio no Largo Mem Ramires de forma pacífica e colaborante

Ocupações ilegais em Santarém resolvidas sem necessidade de recurso à força

Operação conjunta envolvendo município, Segurança Social, PSP e autoridade de saúde pôs fim à ocupação de um prédio em risco no centro histórico onde vivia uma família de 13 pessoas em condições degradantes. Acessos a prédios inacabados no Campo Infante da Câmara também foram vedados para evitar novas intrusões.

Uma família de 13 pessoas que ocupava um prédio em risco de ruína no Largo Mem Ramires, no centro histórico de Santarém, foi retirada pelas autoridades no dia 4 de Junho, sem oferecer resistência e denotando sempre uma atitude colaborante. Resolveu-se um problema de saúde pública que vinha motivando queixas da vizinhança há largos meses.
Havia pessoas a tomar banho e a fazer as suas necessidades na rua, já que o prédio não tinha sanitários em condições. O monumento da porta de Atamarma, junto ao edifício, era usado como estendal para roupa e até para fazer grelhados. A operação de retirada da família envolveu os Bombeiros Sapadores de Santarém, a PSP, a Segurança Social e a Autoridade de Saúde. A Águas de Santarém procedeu ao corte do fornecimento de água e a EDP cortou o fornecimento de energia eléctrica.
A desocupação do edifício decorreu de forma pacífica e colaborante com as autoridades, mas a advogada da família, Margarida Barbosa, lamentou a O MIRANTE que a Segurança Social não tenha tido uma atitude mais activa no sentido de providenciar alojamento para a família. “Até a própria câmara municipal estava convencida que a resposta seria dada no dia de hoje”, referiu.
Os desalojados acabaram por ir viver para junto de familiares em Avis, no Alentejo. A família, composta por cinco adultos e oito crianças, vai receber um valor monetário da Segurança Social para ajudar ao pagamento de uma habitação que venham a arrendar.
O comandante dos Bombeiros Sapadores de Santarém, José Guilherme, referiu ao nosso jornal que esta não foi uma acção de despejo, mas uma intervenção de segurança no sentido de retirar pessoas de dentro de um imóvel de dois pisos que apresenta um avançado estado de degradação. O também coordenador municipal da Protecção Civil de Santarém adianta que só depois de se fechar o acesso ao edifício com cimento e tijolo é que será avaliado se o imóvel vai ser demolido.
Há ano e meio que a proprietária do imóvel foi notificada para que fizesse obras de reabilitação após uma vistoria ao edifício. Uma ordem que a dona nunca cumpriu por não ter capacidade financeira. Segundo apurámos, a senhora foi viver para outra casa de que também é proprietária.

Prédios selados no Campo Infante da Câmara
As ocupações ilegais em prédios inacabados no Campo Emílio Infante da Câmara, no centro de Santarém, também já foram resolvidas pelas autoridades. Durante largos meses, várias famílias ocuparam os edifícios e ali viveram. Uma situação que dava má imagem ao antigo campo da feira, onde actualmente funciona o mercado municipal e onde ocorrem eventos como o Festival Nacional de Gastronomia e as Festas de São José.
A informação foi dada pelo presidente da Câmara de Santarém, Ricardo Gonçalves, na última reunião do executivo, realizada a 1 de Junho. “Já foram fechados os acessos aos prédios com cimento e tijolo, numa acção concertada com a PSP e com a Segurança Social”, disse o autarca.

Ocupações ilegais em Santarém resolvidas sem necessidade de recurso à força

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