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Surto de coronavírus no Bairro da Quinta da Mina parece controlado
Licínio Ferreira e Filomena Ferreira

Surto de coronavírus no Bairro da Quinta da Mina parece controlado

Testes feitos a sessenta moradores deram negativo depois de terem sido detectados 19 casos de Covid-19 no bairro social de Azambuja. Câmara está a entregar diáriamente bens essenciais aos 40 moradores do prédio onde surgiu o surto.

Deram negativo os testes ao corononavírus feitos a 60 moradores do Bairro da Quinta da Mina, em Azambuja, depois de, na semana passada, terem sido detectados 19 casos de Covid-19 num bloco residencial dessa urbanização. A informação foi confirmada a O MIRANTE por Luís de Sousa, presidente da Câmara de Azambuja, que revelou ainda que continuam por testar 50 por cento dos moradores desse bairro.
“Estamos a aguardar para que a qualquer momento a autoridade de saúde diga quando vão retomar os testes”, afirmou o autarca, sublinhando a importância dos mesmos para a adopção de medidas de contingência.

Bairro e cafés ficaram desertos
Com a entrada do vírus o bairro perdeu a agitação nas ruas. “Não se vê nem crianças a brincar. Todos têm cumprido o isolamento, nunca mais os vi na rua”, diz a O MIRANTE Filomena Ferreira moradora do bairro, referindo-se às famílias que têm casos positivos de Covid-19.
Vazios estão também os dois estabelecimentos de cafetaria e restauração mais próximos. Apesar de ter sido anunciado que seriam obrigados a encerrar, numa tentativa de prevenção ao contágio, até à data de fecho desta edição, continuavam de portas abertas.
Luís de Sousa que inicialmente equacionou um cerco sanitário ao bloco onde moram os infectados, defende agora que “não há necessidade de [os cafés] serem fechados”, porque, aparentemente o confinamento social está a ser cumprido, embora “não a 100 por cento, mas a 95”. Ainda assim, ressalvou, vai voltar a colocar essa questão à autoridade de saúde.
Para já este é um parecer que agrada a Licínio Ferreira, proprietário do café do bairro que viu a pandemia dar-lhe cabo do negócio. “Já bastou o prejuízo de ter estado mais de um mês fechado”, afirma, acrescentando que seria “um erro estar a fechar uma casa que é a única que vende café”, na zona. Além disso, garante o comerciante que desde que foram diagnosticados casos com Covid-19 na Quinta da Mina ninguém voltou a fazer permanência na esplanada. “Só vêm buscar umas águas e cafés, mas bebem-nos em casa”.

Primeiro caso foi o de uma mulher grávida
O primeiro caso confirmado da doença naquele bairro, recorde-se, foi detectado a uma mulher de 27 anos durante a gravidez. Uma semana e meia depois, 19 das 40 pessoas que habitam no mesmo prédio da mulher estavam positivas à Covid-19. Os infectados, apesar de assintomáticos, estão obrigados ao confinamento, que está a ser vigiado pela GNR, assim como aqueles que não contraíram o vírus mas partilham a mesma habitação dos infectados.
Para que não haja desculpas para se quebrar o isolamento, seja por falta de protecção, higienização ou alimentação, a Câmara de Azambuja está a entregar bens essenciais, produtos de limpeza e máscaras aos 40 moradores daquele prédio. “Não lhes falta nada, nem vai faltar. Não há desculpas para terem de sair de casa”, disse a O MIRANTE a vereadora com o pelouro da Acção Social, Sílvia Vítor.

Bebé de mulher infectada testou negativo à Covid-19

O bebé que nasceu da primeira mulher diagnosticada com Covid-19, residente naquele bairro, acusou negativo ao teste, mas por prevenção vai continuar à guarda do hospital. O pai do menino, que não está infectado, só viu o filho através de fotografias que os profissionais de saúde lhe têm enviado. A mãe, de 27 anos, já teve alta hospitalar e apesar de estar infectada permanece assintomática.

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