Na última reunião do executivo da Câmara de Vila Franca de Xira a vereadora da CDU, Regina Janeiro, apresentou uma declaração condenando o vandalismo ocorrido em vários murais da cidade. Considerou-os uma manifestação organizada de ódio e intolerância e considerou que as pinturas feitas a Alves Redol, Soeiro Pereira Gomes e Álvaro Guerra ofendem a memória de todos os que deram a cara pela luta anti-fascista. A declaração tinha tudo para ser consensual até Helena de Jesus, da Coligação Mais, liderada pelo PSD, entornar o caldo, depois de considerar que o uso da expressão “anti-fascista” era puramente comunista e que fazia mais sentido trocá-la por “grandes vultos da cultura nacional”. Regina Janeiro explodiu, considerando que o PSD de Vila Franca de Xira continua a ter um “problema psicológico” com o uso da palavra fascismo e recusou-se a tirá-la do texto. Mesmo depois do presidente Alberto Mesquita (PS) ter tentado sem sucesso apagar aquele fogo. E tudo isto por causa de umas pinturas numa parede...