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Criticar seja quem for  é uma actividade de alto risco


O mal é geral. Acontece em todo o mundo. Quem exerce o poder, qualquer poder, mente quando diz que aceita críticas. Não aceita e a primeira coisa que lhe passa pela cabeça é calar o crítico.
Falo de críticas e não de elogios. Sublinho isso porque há muita gente que confunde as duas coisas. Que fala de críticas construtivas quando ouve aquilo que quer ouvir e de ataques e insultos quando é alvo de críticas.
A intolerância de quem não suporta a crítica é contrária à liberdade de expressão. Não gostar de uma crítica é compreensível. Reagir mal a uma crítica é natural. Querer eliminar o crítico ou silenciá-lo é uma manifestação de fascismo.
Pela região há exemplos de políticos locais intolerantes. Criaturas que acham que, por terem sido eleitas, não podem ser criticadas e que usam os poderes que têm para destruir as vozes discordantes. Mas não são apenas os que estão no poder. Os que ainda lá não chegaram também fazem o mesmo. A diferença é não terem poder para esmagar quem os critica.
Há o caso da mãe que ao ver o filho militar, desfilar numa parada, diz que ele é o único que vai com o passo certo. E há as mamãs das redes sociais que, quando o amigo político é criticado, correm a fazer-lhe festinhas ao ego, a dizer-lhe que é fantasticamente bom e a insultar quem se atreveu a dizer-lhe o que pensa. E o papalvo lá segue, verdadeiramente convencido que é o melhor do mundo.
Rui Ricardo

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