Um dia, já lá vão uns anos, num restaurante em Vila Nova da Barquinha, vi o dono abdicar do dinheiro dos almoços de dois homens que estavam numa mesa perto daquela onde eu estava. Quando lhe perguntei porque não tinha chamado a Guarda disse-me que o tinha feito numa outra ocasião e que o prejuízo que teve foi maior do que o dinheiro da conta que quis cobrar, para além das chatices com declarações, testemunhas, tribunal, etc, etc.
Claro que o dono do café de Benavente, tratando-se das pessoas que são, não poderia fazer o mesmo porque elas estavam lá caídas todos os dias a comer e a beber, sabendo antecipadamente que não iriam ter problemas se recusassem pagar.
O que se passa com gente dessa é a impunidade de que gozam e protecção que recebem de pessoas bem intencionadas que acham que cada acção sobre um dos membros das comunidades é um ataque às minorias e um acto de xenofobia.
Na notícia é dito que os agressores residem há vários anos na Azinhaga do Contador, em terrenos municipais, e estão há muito sinalizados pela GNR por provocarem desacatos em Benavente. É a tal coisa. Estão sinalizados mas não impedidos de continuar a agredir. E a culpa não é da GNR. É da legislação em vigor.
João Duarte Folgado