IMT de Santarém deixa utentes pendurados ao telefone
Condutores e proprietários de viaturas não conseguem atendimento no IMT de Santarém porque ninguém atende o telefone para marcação de serviços. O MIRANTE acompanhou uma utente que está há cerca de um mês para recuperar o livrete de um carro.
O Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) já não primava pela eficiência no atendimento e agora a situação está um caos com utentes a não conseguirem fazer marcações há quase um mês. Isabel Santos está há um mês a tentar fazer uma marcação para ser atendida nos serviços que funcionam na Loja do Cidadão de Santarém. Neste momento não pode usar o carro porque não consegue recuperar o livrete da viatura, que tinha sido apreendido e está nas mãos do instituto.
Isabel não tinha o seguro da viatura em dia e a PSP apreendeu-lhe o livrete. Entretanto regularizou a situação e agora tem sofrido um calvário a ligar várias vezes por dia para conseguir marcar um atendimento, mas nem sequer atendem o telefone. Já enviou vários e-mails para o instituto, mas também não obtém resposta. Já se deslocou várias vezes ao serviço em Santarém para tentar resolver o assunto, mas bate sempre com o nariz na porta, que está fechada ao público por causa da Covid-19.
Isabel Santos reside em Marmeleira, concelho de Rio Maior, e trabalha como segurança em Azambuja. Tem apanhado boleia com colegas de trabalho para ir a Santarém tentar resolver o problema e já faltou várias vezes ao trabalho. O MIRANTE acompanhou Isabel Santos, na segunda-feira, 29 de Junho, em mais uma das idas à Loja do Cidadão de Santarém, de onde saiu pela quarta vez de mãos a abanar. À porta estavam várias pessoas na mesma situação. Júlio Pereira anda desde o início de Junho a tentar contactar o IMT para efectuar o agendamento presencial. Já ligou dezenas de vezes para o número e é recebido por uma gravação, mas passado uma hora à espera ninguém o atende.
Por causa da exaltação dos utentes é frequente os seguranças da Loja do Cidadão chamarem a polícia. O MIRANTE também telefonou para as linhas telefónicas do IMT mas tivemos a mesma sorte da maioria dos utentes. Enviamos ainda um e-mail a solicitar esclarecimentos sobre a situação mas até ao fecho da edição de O MIRANTE não obtivemos qualquer resposta.